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Nós e as vacinas: dever, ciência & uma dose de paixão

Nova edição de VEJA SAÚDE investiga as quedas preocupantes na imunização e o que começa a ser feito para revertê-las

Por Diogo Sponchiato
Atualizado em 30 jun 2023, 14h16 - Publicado em 17 mar 2023, 14h20
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  • A gente pode tentar ser o mais racional possível, mas tem muita coisa nessa vida que só é movida a paixão. Beira o clichê. E talvez seja, porque tem um fundão de verdade nisso.

    O cientista cético que se dedica incansavelmente a decifrar enigmas ou descobrir curas é mobilizado por uma paixão, assim como o cozinheiro que quer encantar os convidados, o atleta que se esforça para quebrar um recorde e o profissional de saúde que se empenha em salvar o paciente.

    Paixão também move jornalistas. E, longe de tentar fazer apologia ou autopropaganda, constato isso no dia a dia com nossas e nossos repórteres. Especialmente Chloé Pinheiro, a autora da matéria de capa desta edição sobre a batalha pela vacinação.

    Tem gente que tem tesão pelo que faz… Tanta vontade de fazer a diferença — na apuração, no texto, no mundo… — que parece entrar numa fissura. Fissura que só abranda quando a reportagem é publicada.

    Chloé é dessas apaixonadas pela causa. Tornou-se uma das principais jornalistas a cobrir a Covid-19 no Brasil e se juntou à missão de defender a ciência e as medidas em prol da saúde coletiva desde então.

    + LEIA TAMBÉM: Livro investiga as origens da pandemia de Covid-19

    Chegou a ser xingada e criticada por isso — assim como criticou e xingou quem espalhou absurdos ou fake news em meio à pandemia. Se indispôs com gente próxima porque imaginou que seu dever profissional e cívico era algo maior.

    Escolhas. A escolha de se aprofundar num fenômeno que se disseminou pelo Brasil feito o vírus — o tratamento precoce, descartado por estudos — a fez escrever, junto ao farmacêutico Flavio Emery, o livro Cloroquination (Paraquedas).

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    A dedicação traz recompensas. Chloé foi convidada a participar de um projeto internacional do prestigiado Pulitzer Center, nos Estados Unidos, que somou subsídios ao trabalho que ela agora apresenta aos nossos leitores: uma investigação sobre por que as taxas de vacinação despencaram no Brasil nos últimos anos.

    Essa história tem a ver com ciência, política, economia, cultura, comportamento, crença e informação. A jornalista percorreu de São Paulo a João Pessoa, passando por Brasília e ouvindo mais de 25 pessoas, para entender por que um país antes referência em imunização amarga derrotas e desafios nesse mesmíssimo campo.

    E aproveita o novo movimento do Ministério da Saúde para reatingir as metas de cobertura vacinal e o cinquentenário do Programa Nacional de Imunizações (PNI) para mostrar o que precisa mudar se quisermos continuar salvando vidas e o bem-estar social.

    Como deixa evidente o empenho de Chloé Pinheiro, essa é uma batalha movida por ciência e paixão. Também podemos fazer parte dela.

    + LEIA TAMBÉM: A matemática por trás das vacinas

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    Prescrições do editor

    Ciência, imaginação, reflexão e autocuidado em suas próximas leituras

    Sob efeito de plantas

    Autor: Michael Pollan
    Tradução: Rogério W. Galindo
    Editora: Intrínseca
    Páginas: 320

    Como o ópio da papoula, a cafeína do chá e do café e a mescalina de certos cactos mexeram com o mundo e a cabeça das pessoas.

    Sob efeito de plantas

    capa do livro

    Pandora

    Autora: Ana Paula Pacheco
    Editora: Fósforo
    Páginas: 136

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    Um romance brasileiro sobre a panela de pressão mental e as válvulas de escape em tempos (sur)reais de pandemia.

    Tio Zulmiro não se chamava assim

    Autor: Jacyr Pasternak
    Editora: Reformatório
    Páginas: 184

    Uma crônica ácida e bem-humorada sobre a sociedade brasileira nos tempos de desgoverno e charlatanismo que marcaram a Covid-19 no país.

    Tio Zulmiro não se chamava assim (Reformatório)

    capa do livro

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    Calma. Workbook

    Autor: Christopher Hutcheson
    Tradução: Luciane Gomide
    Editora: Latitude
    Páginas: 192

    Um caderno de atividades guiadas para quem quer botar a mão no lápis e na massa e domar melhor sua ansiedade.

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