Miíase: o que é, quais são as causas, sintomas e tratamentos
Também conhecida como berne ou bicheira, doença é causada por larvas de moscas que se alojam e se desenvolvem sob a pele

Miíase é a infestação da pele causada por larvas de moscas. Em alguns lugares do Brasil, também é chamada de berne ou bicheira.
Além de humanos, a infestação pode acometer outros animais de sangue quente, como cães, gatos, bovinos e equinos.
As lesões podem atingir diversos pontos da pele, seja em cavidades como orifícios nasais ou orelhas, seja na pele exposta. Ferimentos também estão suscetíveis. O tratamento pode ser feito com a retirada mecânica das larvas, com ou sem a prescrição de medicamentos antiparasitários.
Tipos de miíase
Existem dois tipos de miíase:
A miíase primária acontece na pele sadia. Também conhecida como miíase furuncular, porque gera uma ferida semelhante a um furúnculo. Esse tipo de infestação é causada principalmente pelas larvas de moscas-varejeiras ou moscas-berneiras, que respiram através do orifício formado no centro da lesão. Esta miíase pode ocorrer em qualquer parte do corpo.
Já a miíase secundária aparece em feridas na pele, nas mucosas ou em úlceras. Esse tipo é conhecido como bicheira. As moscas depositam as larvas diretamente na pele onde há feridas abertas. Em humanos, a maior parte dos casos desse tipo de miíase está associado a ambientes precários, com dificuldade ou pouco acesso a serviços básicos de saúde.
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Sintomas
Os sintomas variam conforme o tamanho das infestações, mas podem incluir:
- Sensação de que há algo se mexendo no interior da pele;
- Dor;
- Coceira;
- Queimações, fisgadas e outros desconfortos cutâneos.
Tratamento
O tratamento da miíase consiste na retirada das larvas. Para isso, há algumas estratégias, como a obstrução do orifício por onde o berne respira, realizada com a aplicação de alguns produtos como vaselina ou esparadrapo. Assim que a larva sai para tentar respirar, ela pode ser retirada com o auxílio de uma pinça.
No entanto, é possível utilizar medicamentos antiparasitários, como a ivermectina, que causa a morte da larva, auxiliando e tornando a retirada mais eficaz. Em alguns casos, ainda, é necessário ampliar o orifício, para que a larva saia completamente, a fim de evitar infecções subsequentes.
O tratamento e os cuidados posteriores só devem ser realizados com orientação médica.
A prevenção consiste em evitar o contato com os vetores de transmissão, especialmente com as moscas-varejeiras. Para isso, é importante manter a higiene, tanto pessoal quanto do ambiente e dos animais de estimação.