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Meus leucócitos estão altos, e agora? Saiba o que causa o aumento

Excesso de glóbulos brancos no sangue pode revelar diversos quadros clínicos, como infecções bacterianas, inflamações, alergias e, até mesmo, leucemia

Por Luana Pazutti
9 ago 2024, 11h37
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Alterações nos leucócitos podem ser detectadas através de um hemograma (Freepik/Freepik)
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Conhecidos como glóbulos brancos, os leucócitos compõem o sistema imunológico e integram diferentes tecidos corporais. Apesar de seu papel essencial para a defesa do organismo, a presença excessiva dessas células sanguíneas pode estar associada a uma série de condições clínicas.

A quantidade normal de leucócitos em um adulto saudável normalmente varia entre 4.500 e 11.000/mm³. Quando os resultados ultrapassam essa média, há um quadro de leucocitose.

+Leia também: Entenda o que são os leucócitos e por que eles ficam alterados 

Os tipos de leucocitoses e suas causas

Existem cinco tipos de glóbulos brancos, portanto, também há cinco variações de leucocitoses, entre elas:

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Leucocitose neutrofílica: está atrelada ao excesso de neutrófilos, que são os mais abundantes e atuam como na defesa contra infecções bacterianas.

Linfocitose: corresponde a um número elevado de linfócitos, que estão relacionados ao sistema linfático.

Monocitose: compreende o aumento de monócitos, que atuam junto ao sistema imunológico.

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Eosinofilia: refere-se a altos níveis de eosinófilos, glóbulos brancos que atuam no combate a infecções e inflamações.

Basofilia: é a mais rara e está vinculada ao aumento dos basófilos, que atuam no combate a infecções parasitárias, na coagulação sanguínea e nas respostas alérgicas.

Quais são as causas das leucocitoses?

De modo geral, as leucocitoses são provocadas por inflamações ou infecções. No entanto, as causas podem ser bem variadas e incluem:

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  • Estresse;
  • Queimaduras;
  • Distúrbios do sistema imunológico, como lúpus ou artrite reumatoide;
  • Problemas de tireoide;
  • Cáries dentárias;
  • Medicamentos, incluindo lítio, corticosteroides e beta-agonistas.
  • Alergias.
  • Esplenectomia ou cirurgia de retirada do baço;
  • Obesidade;
  • Fumo.

Em casos mais raros, a leucocitose pode estar associada a quadros crônicos, como leucemia, linfoma e distúrbios na medula óssea, entre elas a policitemia vera e a mielofibrose.

E os sintomas dos leucócitos altos?

Os principais sinais de alerta são febre, fadiga, dores, dificuldade de respirar, suor noturno, perda de peso e irritações na pele. A aparição recorrente de hematomas também exige atenção, pois pode apontar uma leucemia aguda grave.

Somente a presença de sintomas não atesta a condição. Além da avaliação do médico, deve ser realizado um hemograma completo, um exame laboratorial que analisa os componentes do sangue.

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O que fazer se os leucócitos estão altos

O tratamento da leucocitose depende diretamente da sua causa. Se a condição for resultante, por exemplo, de uma infecção bacteriana, o profissional de saúde poderá prescrever o uso de antibióticos. De acordo com o quadro, outros medicamentos podem ser prescritos, como anti-histamínicos e anti-inflamatórios.

Em alguns casos, podem ser solicitados procedimentos, como a leucaférese, que reduz rapidamente a quantidade de glóbulos brancos no sangue.

Casos especiais

A presença de leucócitos na urina também demanda atenção, pois pode indicar quadros de infecção urinária, problemas renais, lúpus e reações medicamentosas.

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Por outro lado, o aumento de leucócitos no sangue durante a gravidez geralmente é comum, devido ao estresse físico e emocional. Durante a gestação, os valores médios variam entre 5.000 e 14.000/mm³. Já no parto e no puerpério, ficam entre 14.000 e 16.000/mm³.

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