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Junho Verde promove conscientização sobre a escoliose; conheça o problema

Desvio na coluna atinge até 4 milhões de brasileiros e nem sempre exige cirurgia para aliviar o desconforto

Por Maurício Brum
18 jun 2024, 18h04
rawpixel.com
Na maioria dos casos, desvio da coluna não exige intervenção cirúrgica (rawpixel.com/Freepik)
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A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que cerca de 2% da população mundial conviva com algum tipo de escoliose – no Brasil, seriam cerca de 4 milhões de pessoas.

Nessa condição incômoda, a coluna se desenvolve em curvatura diferente do considerado normal, adquirindo uma forma de C ou de S, conforme o caso. O Junho Verde é o mês de conscientização global sobre essa alteração, que tem tratamento.

Embora seja tipicamente associada a problemas de postura, a escoliose geralmente é causadora deles, e não o oposto. Na maioria dos casos, a origem do desvio tem origens genéticas. Mas os incômodos são, sim, ser agravados se não houver uma correção postural, por isso é importante diagnosticar cedo o problema de modo a evitar complicações.

Mesmo quando não tem um ângulo que provoque desconforto estético, a escoliose pode levar à dor crônica nas costas e pernas, além de dificuldade para se manter em pé por períodos mais prolongados. Entender melhor essa condição é fundamental para evitar que ela afete a qualidade de vida de quem convive com a escoliose.

+Leia também: Desvio na coluna de adolescentes precisa ser tratado

O que causa a escoliose

Na maioria dos casos, a escoliose é considerada um quadro idiopático, palavra que indica uma causa desconhecida. Nessas situações, não se sabe exatamente o que provocou a alteração, mas existe um componente genético provavelmente hereditário, pois é relativamente comum que mais de um membro da mesma família tenha escoliose.

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A escoliose idiopática pode ser diagnosticada em qualquer idade. Em alguns casos, ela pode ser identificada só após a pessoa completar seu desenvolvimento esquelético, já adulta. Além dos sintomas, exames de imagem da coluna, como o raio-x, são utilizados para verificar o grau do desvio.

A escoliose também pode ser congênita e se apresentar desde o nascimento, devido a um problema na formação das vértebras durante o desenvolvimento do embrião.

Outra razão, mais rara, para o desvio, é quando alguma alteração nos músculos e/ou nervos impede que a coluna seja mantida na posição correta, levando a quadros de escoliose. Essa situação está associada a questões como lesões e paralisia cerebral.

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Qual o tratamento da escoliose?

O tratamento específico para a escoliose depende de uma série de fatores, incluindo a severidade da curvatura e o tipo de escoliose. Outro fator determinante é a idade, já que a abordagem depende muito do estágio de desenvolvimento esquelético da pessoa.

Na maioria dos casos, a escoliose não exige intervenção cirúrgica. Em vez disso, são recomendadas terapias de correção postural, o uso de imobilizadores para apoiar a coluna (braces) e exercícios específicos para fortalecimento muscular nas costas.

Quando se adota essa abordagem mais conservadora, deve-se fazer monitoramento periódico para avaliar a progressão do quadro — o tempo de retorno varia conforme orientação médica, mas o indicado é ao menos uma vez a cada seis meses.

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Em casos mais graves que não respondem ao tratamento não-invasivo, a cirurgia corretiva é uma opção. No Brasil, esses procedimentos são oferecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), mas ainda são poucos hospitais com estrutura para isso.

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