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O que é fator Rh do sangue e qual significado de ser positivo ou negativo

O fator Rh é parte do que define o tipo sanguíneo. E não conhecer qual o seu pode ser perigoso em momentos de transfusão, por exemplo

Por João Antonio Streb
22 abr 2024, 18h03
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O fator Rh não faz muita diferença no dia a dia, mas conhecê-lo é fundamental para momentos de interação sanguínea, como transfusões, doações ou durante a gravidez (DC Studio/Freepik)
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Não, não tem nada ver com recursos humanos ou com alguma forma de conseguir emprego. Tão importante quanto, o fator Rhesus, fator Rh ou Antígeno D é uma proteína que pode ou não estar presente nos glóbulos vermelhos, as células sanguíneas responsáveis por transportar o oxigênio pelo corpo.

A presença ou ausência dessa proteína não tem efeito direto na saúde das pessoas, mas serve para complementar a classificação do tipo sanguíneo. Caso o antígeno D esteja presente nas hemácias, o sangue é Rh+ (positivo). Por outro lado, se estiver ausente, o sangue é Rh- (negativo).

O que é o exame de fator Rh e como ele é feito?

Na década de 1940, os pesquisadores que definiram os tipos sanguíneos (A, B, O e AB) descobriram também o fator Rhesus. O método, hoje, seria controverso: eles retiraram o sangue de um macaco da espécie Macaca mulatta (conhecido como rhesus, daí o “rh”) e injetaram num coelho, que imediatamente passou a produzir anticorpos que aglutinam as hemácias do doador símio.

+Leia também: Qual é a diferença entre os tipos sanguíneos?

Ao reproduzir o teste em humanos, notaram que a maior parte das pessoas tinha o sangue aglutinado após receber a doação. Partindo dessa análise, eles concluíram que as pessoas com Rh+ não possuíam os anticorpos no plasma, enquanto os Rh- contavam com a produção dos anticorpos ao entrar em contato com sangue Rh+.

Em situações normais, o fator Rh não faz muita diferença na sua vida. Mas é importante conhecê-lo para os momentos em que ocorre uma interação sanguínea – transfusões ou doações de sangue, além do período pré-natal da gestação.

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A testagem é simples: sem precisar de preparação prévia ou jejum, uma pequena amostra é coletada, que passa pela adição de uma solução de anticorpos. Dependendo da ocorrência da aglutinação, o sangue é Rh+ ou Rh-. Exemplo: ambas as pessoas podem ter sangue do tipo A, umas ser A+ e a outra, A-.

Como a interação do sangue da gestante e do feto pode gerar problemas, existe o exame de detecção do Rh fetal, realizado a partir de uma amostra de sangue periférico da gestante.

Quando o exame de fator Rh deve ser realizado?

O exame costuma ser realizado antes de cirurgias, transfusões e doações de sangue. No entanto, o ponto que mais necessita de cuidado é tão logo ocorra a confirmação de uma gravidez.

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+Leia também: Doação de sangue é imprescindível no combate às doenças hematológicas

Uma das etapas importantes do pré-natal é a testagem da mãe: se a gestante tiver o fator Rh-, isso aumenta o risco de desenvolver anticorpos contra o sangue do feto, caso ele seja positivo.

A incompatibilidade sanguínea fetal pode gerar a doença hemolítica perinatal (DHPN ou eritroblastose fetal). A peculiaridade desse caso é que ele só ocorre a partir da segunda gestação com filho de Rh+, já que na primeira gravidez o corpo ainda não produz anticorpos capazes de atravessar a placenta e causar problemas.

Caso não seja tratada, a DHPN compromete a saúde sanguínea do feto, causando anemia e dificuldade de transporte no oxigênio num primeiro momento.

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Após o nascimento, é possível notar também icterícia (comprometimento do fígado) através da pele e olhos amarelados. Em casos mais graves, gera danos neurológicos permanentes e até mesmo óbito (antes ou após o parto).

A prevenção é feita através do bloqueio da produção de anticorpos da mãe, com aplicação de anti-Rh ou anti-D. O tratamento deve ocorrer entre a 28ª semana de gestação e até 72 horas após o parto.

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