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Estudo sugere que adultos de hoje dificilmente chegarão aos 100 anos

Pesquisa concluiu que expectativa de vida humana não deve chegar à marca centenária tão cedo, mas isso não quer dizer que você vai viver menos do que seus avós

Por Maurício Brum
10 set 2025, 18h00
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Fim dos centenários? Não é bem assim (wayhomestudio/Freepik)
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Talvez essa manchete tenha aparecido na sua frente nos últimos dias: quem nasceu depois de 1939, o que provavelmente inclui quem lê esse texto, não deve viver até os 100 anos. A explicação seria um estudo publicado recentemente, que indicou como é improvável atingirmos uma média de vida centenária em breve.

Apesar de chamativa, a afirmação induz a um engano: a pesquisa em questão nunca disse que a humanidade tende a viver menos a partir de agora, nem que deixaremos de ter pessoas ultrapassando a marca de um século de vida.

Na verdade, o que os pesquisadores constataram é que a expectativa de vida pelo mundo, embora siga aumentando, agora faz isso de forma muito mais lenta do que em gerações anteriores, e não deve chegar aos 100 anos em breve.

Entenda melhor essa história.

O que o estudo realmente diz

Em linhas gerais, a pesquisa concluiu que a expectativa de vida da humanidade, hoje estimada em cerca de 73 anos globalmente, não deve atingir a marca de 100 anos tão cedo, mesmo em países desenvolvidos.

A expectativa de vida é um cálculo que busca determinar a média de idade que alguém nascido em determinado ano deve viver. Por se tratar de uma média, porém, sempre é possível viver mais ou menos do que isso.

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O trabalho foi publicado no final de agosto na Proceedings of the National Academy of Sciences, uma revista científica dedicada a estudos de ciências biológicas, físicas e sociais.

No artigo, pesquisadores da área de estudos demográficos, vinculados a centros na Alemanha, França e Estados Unidos, analisaram dados de mortalidade de 23 países de alta renda, aqueles que já possuem uma expectativa de vida acima da média global.

Desenvolvendo um modelo para calcular a expectativa de vida, eles concluíram que, para os nascidos entre 1939 e 2000, ela não deve aumentar na mesma velocidade de gerações anteriores.

A explicação para um ritmo mais lento é que, no passado, a expectativa de vida subiu principalmente por avanços médicos e científicos que ajudaram a reduzir a morte precoce, sobretudo a mortalidade infantil (até os 5 anos de vida).

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Hoje, a mortalidade infantil já caiu tanto nos países mais ricos que já não há muito como avançar por esse lado. Enquanto isso, os progressos médicos que ajudam idades mais avançadas ainda não são suficientes para aumentar a expectativa de vida tão rapidamente.

+Leia também: Qual será a expectativa de vida dos brasileiros em 2040?

Expectativa de vida segue subindo, mas devagar

As conclusões do estudo, porém, não significam que a expectativa de vida está em queda, nem que hoje esteja mais difícil de chegar aos 100 anos do que no passado. Pelo contrário: em qualquer momento da história humana, sempre foi improvável se tornar um centenário. Essa realidade continua, mas até se tornou um pouco menos difícil chegar lá.

O cálculo do estudo demonstrou, por exemplo, que a expectativa dos nascidos entre 1939 e 2000 seguiu subindo sim, apenas de forma bem lenta. Em média, os ganhos oscilam entre dois meses a três meses e meio de vida a mais por geração, dependendo da fórmula utilizada.

Isso tudo, é claro, baseia-se nas tendências atuais observadas pelos pesquisadores. Novos avanços médicos imprevistos podem fazer a expectativa de vida aumentar ainda mais do que se imagina, enquanto crises sanitárias, como uma nova pandemia, podem frear ou reduzir temporariamente o avanço dos números.

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