Esquema de dose única da vacina contra o HPV é adotado pelo Brasil
Organização Mundial da Saúde já indicava que a aplicação de apenas uma dose simplificaria o esquema de vacinação. Saiba quem pode tomar o imunizante
Por Paula Laboissière (Agência Brasil)*
2 abr 2024, 09h06 •
A dose única pode simplificar a vacinação contra o HPV. (Ilustração: Veja Saúde/Veja Saúde)
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A vacinação contra o HPV no Brasil, a partir de agora, passa a ser feita em dose única. O anúncio foi feito pela ministra da Saúde, Nísia Trindade. Até então, o país utilizava um esquema de duas doses para combater a infecção, principal causadora do câncer de colo de útero.
“Uma só vacina vai nos proteger a vida toda contra vários tipos de doença e de câncer causados pelo HPV, como o de colo de útero. Não vamos deixar que crianças e jovens corram esse risco quando crescerem”, escreveu a ministra em seu perfil na rede social X, antigo Twitter.
A medida segue plano anunciado pela Organização Mundial da Saúde tempos atrás. O objetivo principal é alcançar o maior número possível de adolescentes. A dose única diminuiria os custos do imunizante e simplificaria a vacinação, aumentando a cobertura.
“Usar apenas uma dose de vacina foi uma decisão baseada em estudos científicos, conforme recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS)”, destacou Nísia.
A ministra pediu ainda que estados e municípios façam uma busca ativa por jovens com até 19 anos que não receberam nenhuma dose da vacina. Segundo ela, em 2023, foram aplicadas 5,6 milhões de doses do imunizante. “É o maior número desde 2018, um aumento de 42% no número de doses aplicadas em relação a 2022”.
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Quem pode tomar a vacina contra o HPV no SUS
A imunização no Brasil, atualmente, é indicada para:
Meninos e meninas de 9 a 14 anos
Vítimas de abuso sexual de 15 a 45 anos (homens e mulheres) que não tenham sido imunizadas previamente
Pessoas que vivem com HIV
Transplantados de órgãos sólidos e de medula óssea
A forma atual de rastreio do HPV, feita por meio do exame conhecido popularmente como Papanicolau, precisa ser realizada a cada três anos. A incorporação do teste na rede pública passou por avaliação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec), que considerou a tecnologia mais precisa que a atualmente ofertada no SUS.
Apesar de se tratar de uma enfermidade que pode ser prevenida, ela segue como o quarto tipo de câncer mais comum e a quarta causa de morte por câncer em mulheres – sobretudo negras, pobres e com baixos níveis de educação formal.
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