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Esperança contra doença degenerativa: novo medicamento para ELA

Infusões desaceleram fraqueza e colapso muscular diante da esclerose lateral amiotrófica (ELA)

Por Larissa Beani
Atualizado em 29 abr 2024, 11h58 - Publicado em 28 abr 2024, 07h00
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Novo medicamento para tratar esclerose lateral amiotrófica (ELA), uma doença neurodegenerativa rara, chega ao Brasil (Ricardo Davino/Veja Saúde)
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Após quase três décadas sem novidades no tratamento da esclerose lateral amiotrófca (ELA), chega ao Brasil a edaravona, medicamento capaz de retardar o avanço dessa doença rara e incurável.

A ELA é caracterizada pela degeneração das células nervosas que controlam os músculos, provocando fraqueza e paralisia progressiva dos membros, além de dificuldades para deglutir e respirar, que podem levar os pacientes a óbito.

A nova droga não cura a condição, mas protege os neurônios a ponto de conter a evolução da doença. O tratamento é realizado com infusões periódicas que podem diminuir em 33% a progressão do quadro, segundo mostram estudos clínicos com o medicamento.

A farmacêutica japonesa Daiichi Sankyo é a responsável pela comercialização do fármaco, já usado nos EUA, Europa e Ásia.

+ Leia também: Entrevista: esperança renovada contra a esclerose lateral amiotrófica

Como funciona o medicamento

Ele combate moléculas nocivas aos neurônios

Partículas instáveis

Acredita-se que a ELA esteja relacionada ao acúmulo de radicais livres, que provocam danos neuronais. 

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Pé no freio

A edaravona age como um antioxidante, prevenindo prejuízos ao sistema nervoso.

Multiúso

Além de tratar ELA, a droga desacelera o declínio funcional de pacientes que sofreram AVC

+ Leia também: A vida com ELA (esclerose lateral amiotrófica)

Desafios do diagnóstico ao tratamento

A qualidade de vida dos pacientes depende de equipamentos e assistência treinada

Detecção tardia

Os sintomas da ELA podem ser confundidos com os de outras doenças. Além disso, nem todo médico está familiarizado com a condição. 

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Atenção integral

O tratamento deve ser realizado por uma equipe multiprofissional, incluindo neurologistas, pneumologistas, fisioterapeutas e fonoaudiólogos.

Fonte misteriosa

Cerca de 90% dos casos não têm causa conhecida; 10% são genéticos. A falta de alvos dificulta o desenvolvimento de novos medicamentos.

Estigmas

A maioria das pessoas com ELA tem seu intelecto preservado e não deve ser subestimada. O físico Stephen Hawking foi um grande exemplo disso.

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