Eritrócitos altos no exame de sangue: entenda possíveis causas
O excesso de glóbulos vermelhos no hemograma pode estar associado a doenças crônicas ou a hábitos, como o tabagismo, e exige investigação médica
Os eritrócitos são os glóbulos vermelhos do sangue, também chamados de hemácias. Esse tipo de célula contêm hemoglobina — a proteína responsável por levar oxigênio aos órgãos do corpo, através da corrente sanguínea.
Quando o hemograma indica que a quantidade de glóbulos vermelhos no sangue está elevada, temos um quadro de eritrocitose ou policitemia. A eritrocitose pode ter causa primária ou secundária e estar associada a várias doenças ou hábitos.
O que causa aumento nos eritrócitos?
De acordo com a origem da alteração, a eritrocitose pode ser classificada em primária ou secundária.
Os casos primários, na maioria das vezes, surgem como consequência da policitemia vera.
Esta é uma doença rara que afeta o sangue, provocando a multiplicação descontrolada dos glóbulos vermelhos devido a uma mutação nas células-tronco. A condição também pode aumentar a produção de glóbulos brancos e plaquetas.
Já a eritrocitose secundária decorre do aumento de glóbulos vermelhos como consequência de alguma doença ou hábito. Algumas circunstâncias e condições de saúde que podem levar ao aumento de eritrócitos são:
- Tabagismo;
- Doenças pulmonares como a tuberculose ou a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC);
- Doenças cardiovasculares ou malformações congênitas do coração;
- Intoxicações por monóxido de carbono;
- Desidratação;
- Medicamentos como esteroides;
- Câncer.
+Leia também: Neutrófilos altos: o que significa essa alteração no hemograma?
Como saber se tenho eritrócitos altos?
O nível de eritrócitos é medido por exames de sangue, geralmente solicitados quando o paciente apresenta sinais que exigem investigação médica.
Sintomas que podem ser associados à eritrocitose incluem: fadiga, dor de cabeça, dificuldade para respirar ou enxergar, tonturas e palidez.
A quantidade de eritrócitos aparece no hemograma e é considerada alta quando está acima de 5,4 milhões/µL (microlitro de sangue) em homens e de 5,9 milhões de eritrócitos por µL de sangue em mulheres.
Os valores de referência podem variar de acordo com o laboratório.
Diagnóstico e tratamento
A solicitação de exames para avaliar a suspeita de elevação nos eritrócitos deve ser feita por um médico, que pode ser um hematologista, especialista em doenças do sangue, ou um clínico geral. Testes complementares podem ser necessários para definir o diagnóstico.
O tratamento depende da causa da eritrocitose e deve sempre seguir as orientações médicas.
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