Dia das Mães: Assine a partir de 10,99/mês

Dia Mundial da Doença de Parkinson: a importância de entender o quadro

Data de conscientização chama atenção para o valor do diagnóstico precoce na busca por qualidade de vida

Por João Antonio Streb
11 abr 2024, 07h41
dia-mundial-da-doenca-de-parkinson-o-que-e-como-tratar
O Parkinson não tem cura, mas uma gama cada vez maior de tratamentos vem sendo testada para aliviar os sintomas (rawpixel.com/Freepik)
Continua após publicidade

A doença de Parkinson foi descrita pela primeira vez em 1817 em uma obra com um título paradoxal: Ensaio sobre a Paralisia Agitante, publicada pelo britânico James Parkinson (1755-1824), que teve o sobrenome eternizado na doença.

Conhecido por grande parte da população por demonstrar mudanças no controle dos movimentos e sistema motor, o Parkinson é uma realidade para cerca de 8,5 milhões de pessoas no mundo, estima a Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, o Ministério da Saúde aponta que pelo menos 200 mil pessoas convivem com a doença.

Em abril de 1997, para criar um marco de conscientização sobre o quadro, a Associação Europeia da Doença de Parkinson (Parkinson Europe), com apoio da OMS, inaugurou o Dia Mundial de Conscientização da Doença de Parkinson. No ano seguinte, o dia entrou no calendário oficial da OMS e teve o dia 11 de abril, aniversário de James Parkinson, escolhido como data oficial.

+Leia também: Como trazer mais qualidade de vida e autonomia a quem tem Parkinson

O que é a doença de Parkinson?

A OMS define que a doença de Parkinson é uma condição de degeneração cerebral com sintomas motores, como lentidão, tremores, rigidez muscular e desequilíbrio. Existem também complicações não-motoras, afetando a cognição, distúrbios de sono e sensoriais, com redução marcante na produção de dopamina.

Além de ser vista ainda com muitos estigmas e preconceitos, o que já afeta a socialização dos portadores da doença, o Parkinson tem dois tipos de penalizações no sistema motor que podem comprometer outras partes dos hábitos do paciente.

As discinesias (movimentos involuntários) e distonias (contrações musculares dolorosas) costumam resultar na dificuldade de mobilidade e fala. Existe também a possibilidade do desenvolvimento de um quadro de demência ao longo da doença.

Continua após a publicidade

Como é feito o diagnóstico da doença de Parkinson?

Ainda que existam muitas pesquisas na área, não foi encontrada a causa definitiva da doença de Parkinson. A perspectiva mais aceita pela OMS indica que é uma combinação de fatores genéticos e ambientais ao longo da vida, como a exposição continuada a pesticidas, solventes e poluentes no ar.

Dessa forma, também não existe um teste específico para confirmação do diagnóstico. É preciso que o médico avalie o histórico do paciente e exames neurológicos de modo a estabelecer o quadro com mais precisão.

Procedimentos mais específicos também podem auxiliar no diagnóstico, como a cintilografia cerebral com marcadores de transporte de dopamina e ultrassonografia da substância negra (ultrassom transcraniano do mesencéfalo).

Existe tratamento para a doença de Parkinson?

Assim como não temos uma origem assertiva da doença de Parkinson, ainda não foi encontrada uma cura.

Continua após a publicidade

Hoje, os tratamentos buscam aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida dos pacientes, algo que é mais efetivo com um diagnóstico precoce. O objetivo é contornar as mudanças fisiológicas, induzindo o aumento da produção de dopamina, por exemplo.

Para aqueles com maior comprometimento da motricidade, são indicados programas terapêuticos de reabilitação.

Existem ainda os tratamentos menos convencionais e que não são unanimidade na área, como a neuroestimulação profunda do encéfalo ou marcapasso cerebral, com a colocação de eletrodos de acordo com os sintomas mais apresentados pelo paciente.

Menos ortodoxo que os métodos citados até aqui, também há testes envolvendo o tratamento com Cannabis medicinal. Não à base de maconha diretamente, mas de duas substâncias presentes na planta: o tetrahidrocanabinol (THC) e o canabidiol (CBD).

Continua após a publicidade

Cabe um alinhamento de expectativas aqui: os medicamentos feitos com os princípios ativos da Cannabis não têm base científica que comprove a amenização dos sintomas motores (tremores e espasmos), mas pesquisas vêm demonstrando que pode ser um aliado contra dores e psicoses causadas pela doença.

Compartilhe essa matéria via:
Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas 5,99/mês
DIA DAS MÃES

Impressa + Digital

Receba Veja Saúde impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
A partir de 10,99/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a R$ 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.