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Da boca ao estômago: para que serve a amilase

Desequilíbrios nos níveis da enzima, que é essencial para o processo digestivo, podem indicar problemas de saúde

Por João Antonio Streb
17 jun 2024, 15h27
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Produzida nas glândulas salivares e no pâncreas, a amilase ajuda na digestão dos carboidratos (Freepik/Freepik)
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A amilase é uma enzima responsável pela digestão das formas de açúcar mais presentes na nossa dieta — aqueles associados a alimentos ricos em carboidratos e amido.

Os médicos não brincam quando dizem que a digestão começa na boca. O nosso organismo utiliza a mastigação, a saliva e o muco produzidos na cavidade oral para começar a dissolver os alimentos, facilitando as etapas seguintes do processo digestivo. Nessa hora, a amilase já entrou em ação.

+Leia também: Carboidratos: como consumir do jeito certo

Qual é a função da amilase no nosso organismo?

O corpo humano utiliza a amilase para processar os alimentos em dois momentos bem distintos, começando, como mencionamos, com a participação da amilase ptialina ou salivar.

Encontrada na saliva, a enzima realiza a quebra das moléculas de amido em fragmentos ainda menores. A substância segue junto do bolo alimentar formado após a mastigação, mas não se mantém ativa por muito tempo: logo é neutralizada pelos ácidos estomacais.

É depois disso que entra em cena a amilase pancreática. Como o nome indica, essa enzima é produzida pelo pâncreas, e faz sua aparição no duodeno, a primeira parte do intestino delgado.

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Desta vez, ela ajuda na etapa de quebra dos alimentos parcialmente digeridos, transformando-os em fragmentos cada vez menores para que possam ser absorvidos pelo organismo em forma de glicose e sejam convertidos em energia.

O que ocorre quando os níveis de amilase estão altos ou baixos demais?

Altos índices de amilase podem estar relacionado a doenças e condições como pancreatite, inflamação da vesícula biliar, insuficiência renal, tumores pancreáticos e até mesmo gravidez ectópica. A caxumba também pode levar a um aumento da amilase salivar.

O nível elevado de amilase tende a afetar fígado e rins, causando dores na região do abdômen, náuseas, vômito e amarelamento da pele.

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A amilase baixa, por sua vez, tem relação com problemas no pâncreas e fígado, podendo indicar insuficiência e lesões pancreáticas, doenças hepáticas, cirrose, hepatite ou pré-eclâmpsia.

Neste caso, podem ocorrer sintomas como diarreia, perda de peso, fezes gordurosas e deficiências nutricionais, já que o corpo não consegue fazer a absorção correta do amido presente na alimentação.

Qual exame mede os níveis de amilase?

A amilase pode ser medida através de exames de urina ou de sangue, sem necessidade de jejum específico antes da coleta.

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Em ambos métodos é necessário informar o médico se há uso de algum remédio ou algum histórico de problemas pancreáticos. É recomendado evitar também bebidas alcoólicas e cigarro nas 48 horas anteriores ao exame.

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