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Como saber se as pintas na pele são perigosas

Aprenda a diferenciar as marquinhas inofensivas das que podem representar algum risco para a saúde, como o câncer

Por Chloé Pinheiro
Atualizado em 19 out 2018, 15h51 - Publicado em 24 abr 2018, 15h50
pinta é sintoma de câncer de pele
Às vezes, as pintas podem ser um problema sério (Foto: Luiz Carlos Lhacer/SAÚDE é Vital)
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Na maioria dos casos, as pintas são apenas charmosas. O problema é que, às vezes, elas revelam um câncer – ou mesmo o melanoma, um tipo menos comum, porém mais mortal de tumor de pele.

Calma: não precisa sair correndo para arrancar as suas, até mesmo porque isso não é recomendado pelos médicos. Mas convém prestar atenção às alterações dermatológicas que mais acusam essa doença.

As pintas saudáveis nascem conosco e continuam surgindo principalmente até a juventude. Seu visual é bem variado: vai do marrom ao bege, pode ter relevo e pelos… Porém, mais importante do que a estética são as mudanças ao longo do tempo. Uma pinta normal não sofre modificações.

“As potencialmente malignas são as que surgem do nada e crescem em pouco tempo, possuem mais de uma cor, tonalidades muito negras e mudam de forma e contorno”, explica a médica Alessandra Romiti, da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).

E, apesar de não ser sentença de um tumor, o excesso de pintas pelo corpo, mesmo que normais, já é sinal de alerta. “Os estudos mostram que ter mais do que 50 é um fator de risco para o melanoma”, aponta Alessandra.

Antes de tudo, geralmente são as pessoas mais brancas que acumulam pintas. E uma pele muito clara predispõe ao câncer. Além disso, é mais difícil flagrar marcas suspeitas quando há tantos locais para observar.

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Como identificar as pintas malignas

A SBD recomenda ficar de olho nas pintas e utilizar o método ABCDE para avaliar casos suspeitos de câncer:

● A) Assimetria, já que pintas saudáveis costumam ser simétricas.
● B) Borda, para bordas irregulares, com curvas e pontas.
● C) Cor, especialmente preta e com manchas de outras tonalidades.
● D) Diâmetro, acima de 5 milímetros.
● E) Evolução, se o crescimento for repentino e rápido.

Esses quesitos não necessariamente aparecerão juntos. Por isso, para evitar mesmo a doença é preciso que um profissional avalie as pintas com certa frequência – uma vez por ano, por exemplo. “Só ele poderá identificar corretamente as que oferecem risco à saúde”, destaca Alessandra.

Sol e pele

Os nevos, nome técnico da pinta, têm principalmente origem genética. Mas a exposição excessiva ao sol é considerada o principal financiador de alterações celulares em toda a pele, que podem levar ao câncer no futuro. Tanto que pessoas de pele clara, que se queimam com mais facilidade, entram no grupo mais atingido pelos tumores da derme.

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Por isso, sempre vale ficar atento a outros sinais que não são pintas de verdade: manchas mais claras, chamadas de melanoses, e as sardas. “Eles significam que a derme pode estar recebendo mais sol do que deveria”, aponta Alessandra.

Já as marcas vermelhas são mais inofensivas. Ele aparecem em virtude de vasinhos sanguíneos, e não estão relacionadas a tumores.

Último recado antes de mudarmos de assunto: gente com a pele mais escura também desenvolve câncer por causa dos raios ultravioleta, embora isso seja mesmo menos corriqueiro. Não se descuide!

O lugar do corpo faz diferença?

Em 2015, um estudo da Universidade King’s College de Londres analisou cerca de 3 500 irmãs gêmeas e concluiu que ter mais de 11 pintas no braço direito indicava uma possibilidade maior de desenvolver um melanoma. Por quê?

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A região seria a melhor para estimar o total de pintas no corpo: quem tem uma quantidade superior a essa por ali estaria propenso a manifestar várias outras pelo resto da derme.

“Até faz sentido, mas é um dado estatístico, que no máximo contribui para predizer o risco de câncer, assim como outros fatores”, destaca a Alessandra. “Não quer dizer que alguém com 11 pintas no braço direito terá câncer, assim como possuir menos do que isso não livra a pessoa desta possibilidade”, pondera Alessandra.

O recado é olhar com regularidade para a própria pele e não abrir mão das consultas com dermatologistas – quando for, faça questão de o profissional olhar seu corpo todo.

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