Pessoas com desgaste da articulação do quadril ou com problemas no fêmur podem necessitar do procedimento, que devolve a movimentação e a qualidade de vida
Por Chloé Pinheiro
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28 set 2021, 14h44 • Atualizado em 24 jul 2023, 16h31
Cirurgia é subutilizada no Brasil, mas pode trazer mais qualidade de vida a quem sofre com determinadas doenças. (Ilustrações: Rodrigo Damati/SAÚDE é Vital)
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Confira como é feita a cirurgia de prótese de quadril, capaz de devolver qualidade de vida e movimentação a pessoas com problemas na região, como osteoartrite e artrose.
Apesar de trazer vantagens quando bem indicada, ela é pouco realizada no Brasil. Nos Estados Unidos, são cerca de 450 mil operações por ano. No Brasil, menos de 12 mil, apontam estimativas.
A dor na região e a dificuldade para realizar movimentos básicos são sinais de que pode ser necessário fazer uma cirurgia de quadril.
A etapa inclui decisões sobre o tamanho e o material das peças, além de exames para avaliar a saúde geral do indivíduo. É preciso passar por consulta com um cardiologista, que realiza alguns testes focados no estado do coração.
Hoje, o plano é feito com a ajuda de programas de computador, que, com base em imagens de raios X, criam uma simulação tridimensional de como ficará a prótese.
–(Ilustrações: Rodrigo Damati/SAÚDE é Vital)
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A troca do fêmur
A cirurgia de quadril mais comum substitui a cabeça do fêmur, mesmo que ela em si não esteja doente. Isso porque ela troca não apenas essa estrutura, mas também a articulação onde o fêmur se encaixa.
Para isso, o médico faz um corte na lateral ou na frente da perna (as técnicas variam), retira o osso e, com uma espécie de furadeira, abre caminho para uma haste que servirá de base para a prótese.
Também é feito o desgaste de parte da bacia para preparar a conexão entre a prótese e o osso.
O encaixe
A haste de metal pode ser cimentada ao osso ou revestida de materiais que se integram a ele.
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Nela, é encaixada a nova cabeça do fêmur, que se conecta ao quadril por meio de uma taça acetabular, peça também metálica, e de uma superfície de contato, de cerâmica ou plástico polietileno.
Os ajustes e a cicatrização
A superfície de contato fará as vezes de articulação, permitindo a movimentação ampla da prótese.
O processo leva cerca de duas ou três horas, mas pode ser mais demorado.
Com tudo encaixado, o médico faz uma sutura, que deixa uma cicatriz de 10 a 15 cm de comprimento.
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A recuperação envolve sessões de fisioterapia e, poucos meses depois, o indivíduo já consegue retornar às atividades físicas.
Quando se opera? Dores constantes, uso excessivo de analgésicos e problemas para dormir indicam que está na hora. As dores também podem, com o tempo, limitar movimentos, como andar e abaixar.
Tem idade-limite?
Não. Tanto jovens como idosos se beneficiam da cirurgia feita com a indicação correta. Diferente do que se pensa, não existe “velho demais” para colocar a prótese.
Eu vou sentir dor?
As dores praticamente somem logo depois da cirurgia. É uma das operações com maior índice de satisfação.
E se precisar trocar?
Um novo procedimento pode ser feito para substituir todo o sistema ou partes dele. Não existe um tempo certo para isso, mas, em geral, são vários anos até que seja necessária a troca.
Como é feita a recuperação da cirurgia
–(Ilustrações: Rodrigo Damati/SAÚDE é Vital)
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Duração e cuidados com a prótese de quadril
–(Ilustrações: Rodrigo Damati/SAÚDE é Vital)
Fonte: Leandro Ejnisman, ortopedista especialista em quadril do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP) e do Hospital Israelita Albert Einstein (SP)
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