Clique e Assine VEJA SAÚDE por R$ 9,90/mês
Continua após publicidade

Como a febre amarela é transmitida?

Saiba como essa infecção é transmitida entre macacos, mosquitos e seres humanos e por que isso é importante para definir quem deve tomar a vacina

Por Da Redação
Atualizado em 15 jan 2020, 17h27 - Publicado em 23 jan 2018, 17h55
  • Seguir materia Seguindo materia
  • A febre amarela é transmitida por um mosquito infectado por seu vírus. Nas regiões de mata, os insetos dos gêneros Haemagogus ou Sabethes picam macacos com a doença e, então, podem passá-la a seres humanos nas redondezas. É plausível que o Aedes aegypti dissemine a febre amarela nas cidades, mas isso não ocorre há décadas.

    Como os macacos pegam febre amarela

    Um mosquito infectado dos gêneros Haemagogus ou Sabethes pica um macaco, que então começa a sofrer com a doença. Aí surge o problema: um inseto livre do vírus que chupa o sangue desse primata contaminado passa a carregar o causador da febre amarela. E então pode transmiti-lo para outro macaco, que pode espalhá-lo a outro mosquito…

    É, enfim, um círculo vicioso que já ocorre há muitos e muitos anos nas matas brasileiras.

    Do bicho para o ser humano

    Os mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes só circulam por áreas de mata. Agora, se uma pessoa visita uma floresta ou mora perto de outra, por exemplo, pode ser picada por um desses bichinhos infectados. E, aí, corre o risco de ter febre amarela silvestre.

    Que fique claro: o macaco não transmite a febre amarela para seres humanos. Ele é tão vítima quanto nós. Matar esses animais só serve para dificultar o trabalho do governo em controlar eventuais surtos como os que estão afligindo São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.

    Urbanização da febre amarela

    Antes de tudo, vale destacar que esse fenômeno não ocorre no Brasil desde 1942. Mas do que estamos falando?

    Continua após a publicidade

    É possível que o mosquito Aedes aegypti, comum em diversas cidades brasileiras, pique uma pessoa que voltou de uma região de risco com o vírus da febre amarela no corpo. Diante disso, o Aedes pode armazenar esse agente infeccioso e, então, repassá-lo a outro ser humano que nunca visitou uma região de mata, por exemplo.

    Se isso ocorre em larga escala, desenvolvemos um ciclo de multiplicação da febre amarela dentro de cidades grandes. Veja: em vez de termos Haemogogus e Sabethes infectados picando macacos e, eventualmente, um ser humano explorador, passamos a contar com uma horda de Aedes Aegypti disseminando o vírus aos milhares de seres humanos que estão apinhados em metrópoles.

    Leia também: Vacina fracionada é eficaz em 98% dos casos

    E por que é tão difícil de isso ocorrer? Primeiro, seria necessário um número considerável de seres humanos infectados com febre amarela nas cidades grandes para serem alvejados pela Aedes.

    Continua após a publicidade

    Segundo: o vírus não fica muito tempo no nosso corpo. Ou ele é aniquilado pelo sistema imune ou causa estragos tão graves que nos levam à morte em alguns dias. De qualquer forma, o tempo que esse adversário da saúde fica à disposição do Aedes não é grande.

    Além disso, especula-se que esse tipo de mosquito não é um excelente transmissor da febre amarela. Talvez ele não seja um hospedeiro ideal desse inimigo, o que dificulta o espalhamento.

    Em outras palavras, só uma população muito grande de insetos conseguiria replicar a doença em seres humanos ao ponto de torná-la endêmica nas cidades grandes.

    Some a isso o fato de que alguns habitantes das cidades já estão vacinados – seja por terem ido a uma zona de risco, seja por terem viajado para países em que isso é obrigatório. E, se um mosquito com febre amarela o pica, nada vai acontecer.

    Continua após a publicidade

    É por isso que, no fim das contas, não vemos a febre amarela em centros urbanos com frequência. Mas isso acontece: em 2015, a Angola sofreu uma grave epidemia de febre amarela urbana.

    O que não quer dizer que boa parte do Brasil não seja considerada uma zona de risco – e, portanto, passível de vacinação. A extensão territorial do nossos país é significativamente coberta por mata ou está próxima delas. Aqui, você pode ver quais cidades são consideradas áreas de risco e exigem a vacina, salvo contraindicações (como o uso de certos tratamentos para o câncer).

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 9,90/mês*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja Saúde impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 14,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.