Choque térmico: quem tem doença crônica deve tomar cuidado
Sair de um ambiente muito frio para um bem quente pode sobrecarregar o corpo de pessõas com problemas cardíacos ou outras doenças cardiovasculares
Qualquer mudança brusca de temperatura no organismo é percebida como um estresse, exigindo adaptação do corpo. O conhecido choque térmico entre ambientes pode ser perigoso, especialmente para aqueles com doenças pré-existentes, como pacientes cardíacos.
Ao sair de um ambiente muito quente para o frio – como entrar na água gelada depois de horas ao sol – os vasos sanguíneos se contraem. Com isso, há um aumento da pressão arterial e da frequência cardíaca, o que pode levar a uma sobrecarga do coração e até causar arritmias.
Por outro lado, segundo médicos ouvidos pela Agência Einstein, mudar de repente do frio para o calor excessivo provoca uma vasodilatação e uma queda de pressão. Dependendo do estado de saúde e das condições da pessoa, ela sente tonturas ou até um desmaio.
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Por isso, os especialistas recomendam que pessoas com doenças crônicas evitem se expor a variações bruscas de temperatura.
“Isso não costuma causar problemas na maioria das pessoas, tanto que não vemos muitos relatos no dia a dia, mas quem tem doenças já estabelecidas deve tomar mais cuidado”, diz o cardiologista Marcelo Franken, gerente de Cardiologia do Hospital Israelita Albert Einstein.
A recomendação vale especialmente para os idosos. Segundo o cardiologista, essas pessoas só devem utilizar sauna, por exemplo, com a autorização do médico. Na praia ou na piscina, caso estejam com o corpo muito quente, a recomendação é refrescar-se gradualmente antes de entrar na água.
Alimentação no calor
Mesmo quem não tem problemas de saúde deveria evitar nos dias mais quentes alimentos muito calóricos. O melhor é optar por alimentos leves, como saladas, legumes e frutas.
Outra orientação é ficar atento à hidratação: prefira água em vez de álcool!
É importante lembrar, ainda, que ambientes com ar-condicionado podem ressecar a pele, os olhos e as narinas. Por isso, recomenda-se o uso de soro fisiológico nos olhos e narinas.
*Este conteúdo foi produzido pela Agência Einstein