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Choque anafilático: o que é e como tratar essa emergência

Reações alérgicas graves demandam tratamento urgente. Aprenda a identificar os sintomas para agir rapidamente e evitar complicações

Por Yasmmin Ferreira
3 abr 2024, 18h21
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A anafilaxia sempre exige tratamento emergencial, mas a ajuda precisa ser ainda mais imediata caso a crise esteja impedindo a respiração adequada (stefamerpik/Freepik)
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O choque anafilático, também conhecido como anafilaxia ou reação anafilática, é uma reação alérgica grave e potencialmente fatal que ocorre rapidamente após a exposição a um alérgeno.

A resposta a um alérgeno varia de pessoa para pessoa, desde reações brandas até quadros extremos. Dependendo do caso, qualquer substância pode levar a um choque anafilático. As alergias mais comuns incluem poeira, pólen, pelos de animais, ácaros, determinados alimentos, venenos de insetos, medicamentos e produtos químicos.

Entender quando sua alergia (ou a de alguém próximo) pode render uma reação extrema do organismo é fundamental para agir rapidamente e evitar situações potencialmente fatais. Conheça mais sobre esse cenário abaixo.

+Leia também: Asma, rinite, dermatite e urticária estão entre as alergias mais comuns

Quais as causas mais comuns de choque anafilático?

As causas mais recorrentes de choque anafilático estão ligadas a alérgenos alimentares, picadas de insetos e a reação a determinados medicamentos, como antibióticos, aspirina e anti-inflamatórios não-esteroides. Mas também é possível ter uma anafilaxia por exposição a partículas presentes no ambiente como pólen, pelos de animais, ácaros e mofo.

Em situações menos frequentes, exercícios físicos podem desencadear uma condição conhecida como alergia alimentar induzida pelo exercício.

Quais os principais sintomas do choque anafilático?

O choque anafilático manifesta-se por uma série de sintomas que podem variar em intensidade e rapidez de desenvolvimento. Os principais sinais incluem:

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  • Coceira intensa na pele;
  • Urticária (erupção cutânea vermelha e elevada);
  • Inchaço dos lábios, língua, garganta, rosto ou outras partes do corpo;
  • Dificuldade respiratória, incluindo chiado, respiração ofegante ou falta de ar;
  • Sensação de aperto ou opressão no peito;
  • Tontura ou desmaio;
  • Batimento cardíaco rápido ou irregular;
  • Pressão arterial baixa;
  • Náusea, vômito ou dor abdominal;
  • Sensação de ansiedade ou pânico.

Estar atento a esses sintomas é fundamental para identificar e tratar o choque anafilático de forma adequada e rápida. Em qualquer cenário, o risco de morte é maior quando a anafilaxia começa a afetar de forma clara a respiração, o que exige uma intervenção ainda mais imediata.

+Leia também: Alergia alimentar ou intolerância: qual a diferença?

Como tratar um choque anafilático?

Ao serem identificados sinais de choque anafilático, é essencial procurar um serviço de saúde de emergência. O primeiro passo é chamar uma ambulância ou encontrar ajuda médica imediatamente.

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A administração de epinefrina (adrenalina) é fundamental para controlar a crise. Esse hormônio atua aumentando a resistência vascular periférica, a pressão arterial e a perfusão das artérias coronárias. Além disso, reduz o inchaço e a urticária, sintomas comuns da anafilaxia.

Na sequência, pode ser necessário o uso de uma máscara de oxigênio para facilitar a respiração. Também é comum administrar anti-histamínicos e corticosteroides intravenosos para reduzir a inflamação, juntamente com beta-agonistas para auxiliar na estabilização do paciente.

Em situações mais graves, quando há obstrução das vias aéreas devido ao inchaço da garganta, é realizada uma cricotireoidostomia, um procedimento cirúrgico que envolve fazer um corte na garganta para garantir a respiração e prevenir danos cerebrais.

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Após o tratamento inicial, é essencial que o paciente permaneça sob observação hospitalar por algumas horas para monitorar os sinais e sintomas, prevenindo recorrências.

Como prevenir um choque anafilático?

Uma medida fundamental para prevenir o choque anafilático é evitar o contato com substâncias desencadeadoras de reações alérgicas.

Caso você não saiba exatamente qual alérgeno produz reações graves, pode ser necessário realizar um teste controlado sob orientação médica, facilitando a prevenção no futuro.

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Se você já experimentou uma situação alérgica grave, é importante consultar o seu médico para obter um kit de tratamento para choque e aprender a utilizá-lo, mantendo-o sempre consigo.

Além disso, é recomendável usar um bracelete ou colar de identificação que informe sobre a sua alergia e forneça instruções para ação em caso de emergência.

Também é importante informar seus amigos, familiares e colegas de trabalho sobre como identificar se você estiver passando por uma crise do tipo e a maneira de reagir nessas situações.

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