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Cancro mole: conheça os sintomas e o tratamento

Uma das infecções sexualmente transmissíveis mais espalhadas pelo Brasil, o cancro mole costuma se manifestar rapidamente após o contágio. Saiba evitar

Por João Antonio Streb
3 Maio 2024, 16h56
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O uso de preservativos é fundamental para evitar o cancro mole e outras infecções sexualmente transmissíveis (rawpixel.com/Freepik)
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A bactéria Haemophilus ducreyi é severa com quem contrai a infecção sexualmente transmissível (IST) conhecida como cancro mole. Diferente de muitas ISTs que são silenciosas e de efeito mais lento, o cancro venéreo (também chamado de “cavalo”) é marcado pela gravidade visual das lesões ulcerosas e pelo de tempo aparecimento dos sintomas após a contaminação, que surgem pouco após o contágio, em cerca de 3 a 10 dias.

A bactéria causadora da doença se prolifera com maior facilidade em climas quentes e tropicais, como o encontrado no Brasil. Não à toa, essa IST é uma das mais presentes no país. Para preservar seu bem estar tanto quanto dos outros, evite relações sexuais caso haja algum sinal de lesão.

+Leia também: Doenças sexualmente transmissíveis não param de crescer

Quais são os sintomas do cancro mole?

As feridas ulcerosas se manifestam nas regiões em que ocorre o contato sexual, que incluem vagina, pênis, testículos, ânus e boca, já que a infecção ocorre pelo contato sexual sem preservativo.

Caso o indivíduo esteja com alguma ferida nessas partes, é possível que haja também uma infecção nas mucosas dessas regiões. Se a infecção não for tratada, pode ocorrer a formação de uma íngua nos gânglios linfáticos.

As bolhas infecciosas são o período intermediário da doença, que tem sintomas marcantes e após esse período. Antes e após o auge das bolhas, é comum que o paciente tenha febre, dor de cabeça e fraqueza, já que a infecção vai debilitar as defesas do organismo.

Pessoas imunodeprimidas e com HIV tendem a manifestar os sintomas de cancro mole com mais intensidade.

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Como é feito o diagnóstico de cancro mole?

Caso os sintomas sejam reconhecidos pelo paciente, o diagnóstico pode ser confirmado por clínicos gerais, infectologistas, ginecologistas e urologistas. É comum que as pessoas procurem os médicos especialistas dos órgãos reprodutores por se sentirem mais à vontade de expor as lesões.

Além dos exames visuais, é comum que os médicos peçam análises laboratoriais de amostras das feridas, que incluem culturas das secreções e testes PCR para a bactéria Haemophilus ducreyi para confirmar o diagnóstico de cancro mole.

Como é feito o tratamento para cancro mole?

O quadro de cancro mole é uma infecção bacteriana, combatida com o uso de antibióticos, como azitromicina e ceftriaxona, para que a bactéria seja eliminada do organismo.

É importante cumprir todo o tratamento preconizado pelo médico, mesmo que os sintomas desapareçam antes de você esgotar as doses. Isso é fundamental para evitar casos de resistência bacteriana.

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+Leia também: A ameaça crescente (e oculta) das superbactérias no Brasil

Além de evitar o contato sexual durante o tratamento e recuperação, evitando a piora na condição das feridas, é recomendado que qualquer pessoa que tenha passado por contato sexual com o paciente também faça o tratamento profilático para a infecção. Isso deve ocorrer mesmo se a relação ocorreu com preservativo.

A higiene com sabão adequado da região íntima também é essencial, dando preferência por banhos e lavagens com água morna. Se as bolhas tiverem crescido muito antes do uso dos medicamentos, recomenda-se a drenagem das infecções.

Por essa e outras ISTs, vale a recomendação: sempre mantenha a higiene e não deixe de usar preservativos.

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