Do uso de células-tronco à criação de técnicas cirúrgicas e curativos inéditos, não faltam exemplos do esforço de equipes brasileiras para salvar vidas e propiciar bem-estar a quem precisa de cuidados médicos.
Dar visibilidade a experiências bem-sucedidas nesse sentido e homenagear os profissionais envolvidos é o foco da categoria Terapias e Tratamentos Inovadores, do Prêmio Veja Saúde & Oncoclínicas de Inovação Médica.
Os jurados da premiação estão diante do desafio de analisar dezenas de projetos de diferentes regiões do país e selecionar as melhores entre dezenas de planos capazes de curar ou controlar doenças, assim como recursos inovadores de reabilitação.
A ideia é destacar as iniciativas que possam ser reproduzidas e alcançar o máximo de pessoas possível.
Nas edições anteriores, a premiação já reconheceu, por exemplo, o trabalho de uma equipe da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (USP) que idealizou e continua avançando nos estudos de transplante de células-tronco para domar o diabetes tipo 1.
Ao comparar a evolução de pacientes submetidos a essa técnica aos que seguem o esquema convencional de tratamento, os primeiros apresentam melhores indicadores de qualidade de vida, com redução de uso de insulina e sem sequelas comuns à doença.
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Técnicas cirúrgicas 100% nacionais
Outro avanço genuinamente brasileiro, igualmente premiado, já se propaga pelo mundo.
Cientistas da Universidade Federal do Ceará (UFC) desenvolveram uma técnica simples e barata para tratar queimaduras: um curativo biológico feito com pele de tilápia.
Os estudos prosseguem e hoje o mesmo biomaterial passou a ser usado pela equipe, com sucesso, em procedimentos de redesignação sexual ou de reconstrução vaginal de mulheres com malformação.
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Veio também de um campo cirúrgico, este do Hospital Erasto Gaertner, de Curitiba, uma técnica inédita, a transposição uterina, que preserva a fertilidade da mulher no tratamento do câncer na região pélvica.
Para evitar que a radioterapia indicada nesses casos danifique os ovários e o útero, os cirurgiões desenvolveram um método que transfere os órgãos reprodutivos para o abdômen superior durante o tratamento do tumor.
Toda a estrutura é recolocada na pelve após o fim das sessões de radioterapia. O anseio da equipe agora é que esse procedimento seja incorporado pelo Sistema Único de Saúde, o SUS, de forma a ampliar o número de mulheres beneficiadas.
Em dezembro, quando forem anunciados os trabalhos vencedores do Prêmio Veja Saúde & Oncoclínicas de Inovação Médica, outras equipes e instituições serão igualmente reverenciadas pela criação de alternativas como essas, que fazem diferença na medicina, no dia a dia dos hospitais e, sobretudo, na saúde da população brasileira.
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