O tratamento com antibióticos é fundamental para vencer uma infecção bacteriana. Mas também é delicado: fazer esse processo de forma incorreta ou incompleta pode acarretar, por exemplo, no aparecimento de superbactérias que resistem aos fármacos comuns. É para reduzir as chances de erros que existe o antibiograma.
Esse exame busca determinar a sensibilidade das bactérias aos diferentes tipos de antibióticos tipicamente usados em tratamentos. O objetivo é garantir o melhor medicamento para lidar com a infecção que está afetando o paciente.
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Quando o antibiograma é solicitado
O antibiograma só é solicitado quando há suspeita de uma infecção bacteriana. A ideia, então, é determinar que bactéria está provocando a doença, e quais antibióticos funcionam melhor para combatê-la.
Normalmente, esse exame é feito quando equipe médica não consegue determinar com certeza qual é o agente causador dos problemas do paciente só com base nos sintomas e em outros sinais avaliáveis clinicamente.
A solicitação do teste, no entanto, ainda é incomum. Em geral, os médicos acabam receitando os antibióticos mais utilizados cotidianamente quando há suspeita de um quadro causado por bactérias, já que isso costuma funcionar na maioria dos casos.
O antibiograma, porém, pode ajudar a prevenir complicações em infecções mais graves ou causadas por espécies menos corriqueiras, que podem não responder aos remédios mais usuais.
Como um antibiograma é feito
Na prática, o exame é feito a partir da coleta de uma amostra de secreção do paciente, que depois é submetida a uma cultura para determinar as bactérias envolvidas. O mais comum é que essa cultura seja feita a partir da urina ou sangue, mas ela também pode usar as fezes como base, ou mesmo outros fluídos do corpo, como saliva ou catarro, entre outros materiais.
Uma vez determinada com exatidão a bactéria causadora da doença, o médico define qual é o melhor antibiótico para aquele caso, assim como o período pelo qual ele deve ser usado.
Lembre-se: é fundamental seguir com o tratamento até o final do tempo indicado, mesmo que você melhore antes. Isso porque as bactérias podem seguir vivas no organismo mesmo sem causar sintomas, e um tratamento incompleto pode fazer com que o problema volte com mais força no futuro.