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Alaskapox: o que se sabe sobre a nova doença que já causou morte nos EUA

Também chamada de varíola do Alasca, infecção foi identificada originalmente em 2015. Conheça os sintomas, o tratamento e a forma de transmissão

Por Maurício Brum
19 fev 2024, 11h59
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  • Um novo tipo de varíola, identificado pela primeira vez no estado norte-americano do Alasca, fez sua primeira vítima humana no início de 2024. Um homem da região acabou sendo hospitalizado e morreu em janeiro, em decorrência do raro vírus ‘Alaskapox’, que já teve casos registrados em pessoas antes, mas costuma afetar principalmente pequenos mamíferos.

    A morte reacendeu os alertas da sociedade e das autoridades sanitárias em torno desse tipo de infecção, que ainda é pouco estudada. Não é à toa: o primeiro caso de varíola do Alasca só foi identificado em 2015 e, desde então, apenas sete casos foram confirmados em seres humanos, sempre dentro do estado. Nenhum paciente havia sofrido complicações da Alaskapox antes do caso fatal do mês passado.

    +LEIA MAIS: De varíola dos macacos a Covid-19: vivemos a era das pandemias?

    Quais são os sintomas da Alaskapox?

    Até aqui, os poucos casos conhecidos de varíola do Alasca em seres humanos costumavam gerar sintomas leves. Além de uma ou mais erupções na pele, que também ocorrem com outros tipos de varíola, a infecção pode provocar inchaço nos gânglios linfáticos e dores nas articulações e músculos.

    Pesquisas iniciais apontam que o risco maior de ter complicações ocorre em pessoas com a imunidade comprometida, seja pelo uso de medicamentos, drogas ou doenças subjacentes. Este seria o caso da primeira vítima fatal da doença, um idoso imunocomprometido que vivia sozinho em uma área remota de floresta.

    É possível pegar a varíola do Alasca de outra pessoa?

    Não há qualquer caso registrado de Alaskapox transmitida entre seres humanos até o momento.

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    No entanto, essa infecção é causada por um orthopoxvírus, uma família de vírus que muitas vezes conseguem passar de pessoa para pessoa através de feridas na pele e secreções. As autoridades sanitárias do Alasca vêm orientando que pessoas com suspeita da doença cubram ferimentos na pele com curativos e não compartilhem roupas, lençóis e toalhas.

    Acredita-se que a primeira pessoa morta pela varíola do Alasca tenha contraído o vírus a partir do contato com um animal infectado, possivelmente a partir do arranhão de um gato selvagem de quem o homem cuidava.

    Como a doença é tratada

    Por ser uma doença extremamente rara e que não havia tido casos graves até o início deste ano, a Alaskapox ainda não conta com um tratamento específico. Especialistas acreditam que a maioria dos casos tende a ser autolimitado, ou seja, o problema passa sozinho após alguns dias de combate ao vírus por parte do organismo da pessoa infectada.

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    Alguns medicamentos usados em outras doenças causadas por orthopoxvírus, como a varíola do macaco (mpox), podem ser efetivos contra a Alaskapox. Por outro lado, antibióticos não têm qualquer efeito para combater esse tipo de infecção de origem viral. Em pessoas imunocomprometidas, a detecção precoce do agente causador do problema é fundamental, para que o tratamento correto seja iniciado o quanto antes.

    Existe risco no Brasil?

    Em tese, nada impede que o vírus comece a circular pelo mundo e cause infecções em outros países. Mas, por enquanto, todos os raros casos conhecidos de Alaskapox em humanos estão restritos ao Alasca.

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