As aftas são feridas em geral dolorosas que se formam na parte interna da boca e costumam se desenvolver a partir de pequenas lesões já existentes.
Na tentativa de sarar o local, células de defesa migram até ali e acabam despertando uma reação inflamatória exagerada — daí o inchaço e a dor.
As aftas são mais comuns na área interna das bochechas, na língua ou na porção logo abaixo dela.
Sua característica mais notável é a cobertura úmida e branca no topo da ferida.
Existem dois tipos do problema. A chamada afta minor responde por 90% dos casos, é pequena (de 2 a 8 milímetros) e dura até duas semanas.
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Já a afta major, menos incidente, mede pelo menos 1 centímetro e pode demorar até dois meses para ir embora.
Ainda não se decifrou muito bem a origem das aftas nem por que elas pipocam com frequência em algumas pessoas e raras vezes em outras.
Acredita-se que o estado da imunidade e a acidez excessiva na boca contribuem para o seu aparecimento.
Sinais e sintomas
Confira as principais pistas que denunciam a presença de uma afta:
- Ardor no local
- Coceira no local
- Vermelhidão
- Dor no local
Fatores de risco
Como comentamos, a origem e os motivos exatos do surgimento das aftas permanecem um mistério. Mas há alguns fatores de risco que costumam ser associados ao problema. Veja:
- Condimentos em excesso na comida
- Ingestão exagerada de refrigerantes
- Hábito de mastigar objetos, como pontas de lápis ou caneta
- Estresse e ansiedade
- Distúrbios imunológicos
- Deficiência de nutrientes como vitamina B12, ácido fólico e ferro
- Má higiene bucal
- Problemas gastrointestinais
- Predisposição genética
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Dá para prevenir a afta?
É difícil estabelecer uma estratégia 100% certeira para evitar a recorrência das aftas, mas medidas como zelar por uma alimentação balanceada, pela imunidade e pela higiene bucal garantem maior proteção contra as feridas.
Experts também aconselham investir em fontes de vitaminas B e ferro (como folhas verdes escuras) na dieta, uma vez que esses nutrientes resguardam a mucosa interna da boca.
Corrigir eventuais problemas gástricos também permite impedir a reincidência dessas lesões dolorosas.
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O diagnóstico
Um simples exame físico no dentista ou no médico dá a certeza de que se trata de afta.
Quando o problema demora a ir embora, aparece com frequência ou leva a complicações, como infecções por bactérias, recomenda-se procurar apoio especializado.
A avaliação clínica é importante para vasculhar se existe algum distúrbio (imunológico, digestivo…) por trás das aftas.
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O tratamento
A afta tende a desaparecer sozinha depois de duas semanas em média.
Mas, se houver desconforto demais, um especialista poderá prescrever pomadas analgésicas e anti-inflamatórias ou até mesmo medicamentos de uso oral.
Bochechos com própolis também funcionam, mas como paliativo.
Já o bicarbonato de sódio, além de ineficaz, é capaz de fazer a afta evoluir para uma queimadura.
Atualmente, em casos mais agressivos, dentistas chegam inclusive a aplicar raios laser de baixa potência na lesão para acelerar a recuperação e a cicatrização.