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A dengue não acabou: casos ainda afetam o Brasil

Milhões de pessoas já foram afetadas pela doença este ano. Entenda cada um dos sintomas e o que fazer diante deles

Por Ana Claudia Marcello, infectologista*
12 jul 2024, 10h12
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    Aumento da transmissão de arboviroses é motivo de preocupação (Foto: Josué Damacena/IOC/Fiocruz/Divulgação)

    Todos os anos, a dengue é motivo de preocupação para. O número de casos aumenta todos os verões, lotando prontos-socorros e setores de internação. Porém, em 2024, estamos tendo a pior epidemia de dengue da história do país.

    Mesmo com o fim da estação mais quente, ainda vemos muitas cidades registrando novas infecções e pessoas sendo gravemente acometidas.

    Podemos citar como fatores que contribuíram para chegarmos a esse ponto o calor excessivo e por período prolongado que estamos enfrentando, que avançou pelo outono e pelo inverno, além do foco, necessário, da saúde pública nas doenças respiratórias, devido à epidemia de Covid-19, deixando de lado políticas específicas de controle do mosquito transmissor da dengue.

    A seguir, conheça mais sobre a doença.

    Transmissão

    A dengue é uma síndrome febril causada por um vírus, cuja transmissão se dá por meio da picada do mosquito Aedes aegypti. Não há transmissão de pessoa para pessoa.

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    Sintomas

    O sintoma protagonista é a febre (temperatura maior ou igual a 37,8°C), que dura no máximo 7 dias. Associados a ela, podemos ter: dor de cabeça, dor nos olhos, no corpo, nas juntas, cansaço e mal-estar, manchas vermelhas no corpo que podem coçar, diarreia, náuseas ou vômitos.

    Com o declínio da febre, entre o 3º e 7º dia de doença, devemos ficar atentos ao surgimento de sinais de alarme, que podem indicar evolução para a forma grave da doença.

    Sinais de agravamento da dengue

    São eles:

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    Nos primeiros sinais de suspeita de dengue, tenha em mente que a imensa maioria dos casos é de dengue clássica, que não evoluirá para a dengue grave.

    No caso de surgimento de qualquer dos indícios de alarme, deve-se procurar assistência médica imediatamente.

    Tratamento

    Não existe nenhum tratamento específico contra o vírus da dengue. O próprio sistema imunológico irá contê-lo com o passar dos dias. Mas para acelerar este processo, algumas medidas são bastante importantes:

    Diagnóstico

    Na prática, os exames que mais usamos para flagrar são:

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    O hemograma apresenta algumas alterações típicas, como queda dos leucócitos e muitas vezes de plaquetas, entre outras que podem acontecer, como aumento das enzimas do fígado (TGO e TGP).

    + Leia tambémTestes rápidos de dengue: quais os tipos e quando fazer

    Diagnóstico diferencial

    Existem outros arbovírus (vírus transmitidos por artrópodes, como os mosquitos), que apresentam sintomas bem semelhantes aos da dengue, como zika e chikungunya, e é difícil distinguí-los com base na apresentação clínica.

    Assim, o método mais adequado para diferenciá-los é o teste específico.

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    + Leia tambémEntrevista: “Nunca tantos brasileiros morreram de dengue”

    Vacinação

    Hoje temos disponível a vacina Qdenga, indicada para indivíduos sem comprometimentos dos sistema imune dos 4 aos 60 anos de idade.

    Ela age contra os 4 sorotipos da dengue, e tem uma eficácia de 80% na prevenção da doença, desde que aplicadas as duas doses do imunizante.

    Conhecer e evitar

    Se uma febre surge associada a algum sintoma específico (como dor de garganta, sintomas respiratórios, vermelhidão ou dor localizada em apenas uma parte do corpo, dor para urinar, diarreia muito importante ou fezes com muco, pus ou sangue), não há uma suspeita de dengue e outras doenças deverão ser pesquisadas.

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    É essencial detectar o início dos sintomas o quanto antes e acertar o diagnóstico, para iniciar o quanto antes as medidas de hidratação adequada, além de ficarmos atentos a qualquer sinal de piora.

    O mais importante, contudo, é combater o mosquito da dengue. Essa sim é a medida mais eficaz para acabar com essa doença!

    * Ana Claudia Marcello é infectologista

    (Este texto foi produzido em uma parceria exclusiva entre VEJA SAÚDE e Brazil Health)

    brazil-health

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