5 medidas simples para reduzir o colesterol
Ajustes na rotina fazem toda a diferença para controlar a molécula que eleva o risco de infarto e AVC
Todo mundo já deveria estar careca de saber que é ruim ter o colesterol alto, mas a maioria das pessoas não dá muita bola para isso. É que ainda existe um grande desconhecimento sobre o real perigo oferecido pelo excesso de LDL circulando no organismo.
Ele é um dos principais fatores de risco para as doenças cardiovasculares, as condições que mais matam no mundo. Mantê-lo sob controle é essencial para prevenir infarto e acidente vascular (AVC).
Mesmo assim, segundo uma pesquisa da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp), só 14% das pessoas em risco de ter um evento do tipo têm níveis adequados do lipídio.
Se você faz parte do grupo que precisa melhorar esses índices, saiba que o principal tratamento, na maioria das vezes, é mudar o estilo de vida e, caso seja preciso, tomar remédios. Veja abaixo dicas simples para reduzir o colesterol:
Fazer exercícios físicos
Sim, não tem como fugir deles. Embora seus efeitos na redução do LDL ainda não sejam bem conhecidos, ele aumenta os níveis de HDL, o colesterol “bom”. Ele ajuda a “limpar” os vasos sanguíneos, removendo moléculas que podem ter efeito negativo, como o próprio LDL.
Combinar atividades aeróbicas e de fortalecimento é o melhor cenário, de três a cinco vezes na semana, em sessões de pelo menos 30 minutos.
Coma aveia e outras fontes de fibra
Elas ajudam a evitar a absorção de gorduras no intestino e, de quebra, estimulam o corpo a retirar o colesterol de circulação.
O destaque aqui vai para a aveia porque ela contém betaglucana, fibra muito estudada por sua ação na redução do LDL. Mas outros tipos também têm benefício. Vale apostar em cereais integrais, verduras e frutas.
+ Leia também: Como alcançar a meta diária de fibras na alimentação?
Escolha melhor as gorduras
Tanto a gordura saturada da carne vermelha e da manteiga quanto a gordura vegetal hidrogenada dos alimentos ultraprocessados devem ser evitadas.
Já gorduras insaturadas, como as do azeite de oliva, dos peixes e do abacate, são bem-vindas (sempre com moderação). Elas ajudam a aumentar o HDL, aquele que faz a “faxina” nos vasos.
Consuma latícinios desnatados e queijos brancos
Pela mesma questão das gorduras, o ideal é tomar leite ou iogurte desnatados. Os queijos brancos, como o frescal e a ricota, também tem menos gordura do que a mussarela e o prato.
A troca é positiva, mas não é preciso excluir os latícinios da dieta. Essa atitude pode levar a outros problemas causados pela deficiência de cálcio.
Lembrando que a maior parte do colesterol é produzida pelo organismo, pouco vem da alimentação. O excesso do consumo de gordura, porém, interfere nesse processo.
+ Leia também: Colesterol: maioria das pessoas não controla direito e desconhece o risco
Tome os remédios como recomendado
Casos iniciais ou leves nem sempre são tratados com medicamentos. Mas eles podem ser necessários quando o colesterol está alto demais.
Nesse caso, o médico costuma prescrever estatinas. Trata-se de uma classe medicamentosa antiga, barata, segura e eficaz no controle do colesterol.
Elas são distribuídas gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), mas, segundo uma pesquisa com milhões de brasileiros, só 6,7% das pessoas que deveriam tomar o remédio o fazem.
Ah, e os remédios são de uso continuado. Não dá para parar por conta própria.