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Existe horário certo para se exercitar?

Experimentos mostram diferenças metabólicas a depender da hora. Entenda

Por Ingrid Luisa
Atualizado em 18 fev 2022, 14h16 - Publicado em 18 fev 2022, 14h16
exercício físico
O horário do treino pode influenciar no seu metabolismo. (Foto: Gustavo Arrais/SAÚDE é Vital)
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Você é do time que prefere treinar de noite ou de manhã?

Muitos não conseguem acordar cedo, enquanto outros não têm mais fôlego depois de um dia inteiro de trabalho. Como é algo pessoal, o consenso entre os especialistas é que o melhor horário é aquele que se consegue encaixar na rotina.

Mas a ciência tem investigado mais a fundo. Um estudo da Escola de Educação Física e Esportes da Universidade de São Paulo (EEFE-USP) indica que treinar entre as 18 e as 21h é o ideal para hipertensos, pois há menos risco de picos de pressão.

Já um trabalho da Universidade de Maastricht, na Holanda, atesta que homens com propensão ao diabetes tipo 2 se beneficiam mais de exercícios à tarde.

Mesmo com esses resultados, restam dúvidas sobre por que o horário do treino pode influenciar a segurança e a eficácia da prática.

Porém, um grande estudo recém-publicado na revista científica Cell Metabolism vem esclarecer muita coisa.

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Intitulado Atlas do Metabolismo dos Exercícios, ele revela como diferentes hormônios e outras substâncias são produzidos pelo corpo em ritmo diferente a depender do momento da malhação.

Isso teria repercussões no equilíbrio metabólico, no gasto calórico, no desempenho, no sono etc. Ainda falta muito a ser explorado, mas, no futuro, pesquisadores acreditam que será possível prescrever o treino de acordo com o relógio biológico de cada um.

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Prós e contras dos períodos

Entenda algumas mudanças no corpo que podem influenciar a prática dos exercícios

INÍCIO DO DIA

Rotina organizada
Treinar pela manhã, antes do trabalho, geralmente entra de forma mais sólida na rotina. Temos menos compromissos e desculpas para desistir.

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Ânimo a mil
O exercício logo cedo estimula a liberação de serotonina e endorfina, moléculas por trás da sensação de bem-estar. Isso melhora a disposição e o rendimento.

Efeitos extras
Pela manhã, o hormônio cortisol está em alta: ele instiga o corpo para a ação e ajuda a desinflamar, o que potencializa os resultados do treino.

Temperatura baixa
Quando acordamos, o corpo ainda está pegando no tranco. O aquecimento é bem-vindo para elevar nossa temperatura e nos dar mais força e agilidade.

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FIM DO DIA

Organismo no pico
Entre as 17 e as 20h, a temperatura corporal e o nível de diversos hormônios estão no auge — momento ideal para treinar e perder mais calorias.

Fôlego e músculo
Pesquisas indicam que é mais fácil ganhar resistência e massa muscular se exercitando no fim do dia. O período também seria menos propício a lesões.

Corpo esperto
O fim da tarde também favorece a prática de atividades que demandam flexibilidade e coordenação motora, como ioga e pilates.

No limite
Melhor malhar até as 21h, quando os níveis de melatonina, o hormônio do sono, se elevam e o corpo se prepara para descansar. Depois disso pode vir insônia.

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+Leia também: O primeiro guia brasileiro de exercícios físicos

E o ciclo circadiano?

Popularmente conhecido como relógio biológico, ele influencia como nosso corpo regula a temperatura, o rítmo cardíaco, os hormônios e a relação entre sono e vigília. Ou seja, tudo que é essencial para o desempenho nos exercícios. De fato, há pessoas matutinas e outras mais noturnas. O que os especialistas recomendam, a despeito do seu cronotipo, é não se forçar, respeitar os sinais do organismo e jamais se privar do sono para malhar.

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