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Atividade física ajuda a controlar até casos moderados e graves de asma

Segundo uma pesquisa brasileira, exercícios regulares (e controle do peso e da ansiedade) diminuem o risco de crises de asma e hospitalizações

Por Daniella Grinbergas e Gustavo Grohmann
28 jan 2021, 17h31
Foto de pernas de mulher caminhando na grama
Caminhadas e outras atividades reduzem o risco de crises e hospitalizações. (Foto: Arek Adeoye/Unsplash/Divulgação)
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Os resultados de uma pesquisa da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo estão fazendo os especialistas olharem para a relação entre asma e atividades físicas sob uma perspectiva diferente. Normalmente, o sedentarismo é visto como uma consequência da doença, já que os esportes costumam ser evitados por asmáticos que temem sofrer com falta de ar durante o esforço. Mas um o estudo conduzido pelo fisioterapeuta e profissional de educação física Celso Carvalho, pesquisador da área há mais de 20 anos, aponta justamente o contrário: o imobilismo eleva o risco das crises de asma.

Estamos falando de uma doença crônica que, mesmo quando tratada com remédios adequados, pode manifestar sintomas em certas situações. “Esse estudo mostra que, além da medicação, outros fatores são importantes para amenizar os sintomas e evitar as crises”, explica Carvalho.

O estudo avaliou 300 pacientes do Brasil e da Austrália com versões moderadas ou graves da enfermidade. Todos recebiam tratamento conforme os padrões. Entre os sedentários, o risco de uma crise era 80% maior — e o de ser hospitalizado, 20% mais alto. Isso em comparação com asmáticos que faziam meia hora de atividade física moderada por dia.

“Além disso, vimos que quanto mais comorbidades a pessoa tinha, como obesidade e ansiedade, maior o risco de complicações. Isso sugere que, além do tratamento da parte respiratória, é importante que o paciente consiga se manter fisicamente ativo, com peso sob controle e cuidando das questões emocionais”, pontua Carvalho.

Atividade física x broncoespasmo

O receio de pessoas asmáticas em praticar exercícios tem uma dose de fundamento: quando submetidas a esforços intensos, elas podem desenvolver broncoespasmos. Ou seja, os brônquios dos pulmões se fecham, causando um estreitamento das vias respiratórias que desencadeia falta de ar.

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“O problema é que, quanto mais sedentárias, menos condicionadas fisicamente estarão. Aí qualquer atividade poderá causar broncoespasmo e falta de ar”, explica o Carvalho. É um círculo vicioso que só se quebra com sessões de exercício.

O especialista sugere que os asmáticos comecem a se mexer aos poucos e evoluam gradualmente, sempre sob supervisão de um profissional. “Com exercícios regulares, a melhora será constante”, indica.

Uma boa notícia é que outro estudo do Celso Carvalho indica que 30 minutos de caminhada por dia já ajudam a diminuir os sintomas da asma.

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