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Vacina que resguarda bebês contra 5 doenças está em falta em vários postos

Há um desabastecimento da vacina pentavalente, que protege contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e um tipo de meningite. O que fazer?

Por Léo Rodrigues (Agência Brasil)
27 set 2019, 19h10
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Um problema com a última importação da vacina pentavalente está provocando desabastecimentos em vários locais. (Fernando Frazão/Agência Brasil/Divulgação)
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Postos de saúde em diferentes locais do país estão com seus estoques zerados para a vacina pentavalente, que protege contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e meningite causada pela bactéria Haemophillus influenzae. A situação tem gerado apreensão em pais e mães de recém-nascidos, que devem receber três doses do imunizante: aos 2, aos 4 e aos 6 meses de vida.

O Ministério da Saúde, responsável por garantir o abastecimento de vacinas no setor público, informa que a normalização deve ocorrer a partir de novembro. Segundo o governo, o problema não é causado por falta de recursos, mas porque um estoque de pentavalente adquirido por intermédio da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) foi reprovado em testes de qualidade feitos pelo Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS) e pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Diante da situação, as compras com o fornecedor indiano Biologicals E. Limited foram interrompidas pela Opas. De acordo com o Ministério da Saúde, não há disponibilidade imediata da vacina com outros fabricantes internacionais. O Brasil precisa importar a pentavalente, porque ainda não a produz.

“O Ministério da Saúde solicitou a reposição do fornecimento à Opas. Quando os estoques forem normalizados, o Sistema Único de Saúde (SUS) fará uma busca ativa pelas crianças que completaram 2, 4 ou 6 meses de idade entre agosto e novembro. O país demanda normalmente 800 mil doses mensais dessa vacina. O abastecimento está parcialmente interrompido desde julho, situação comunicada aos estados e municípios”, informa o governo, por meio de nota.

O texto acrescenta que não há dados que revelem uma emergência epidemiológica das doenças cobertas pela vacina pentavalente. Ainda assim, as autoridades asseguram possuírem doses suficientes para realização de eventuais bloqueios vacinais em caso de surtos inesperados.

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O desabastecimento já foi sentido em pelo menos cincos estados: Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo, Mato Grosso e Rio Grande do Norte. Usuários têm usado as redes sociais para se queixar da situação.

“Tenho um bebê de 2 meses que não consegue tomar a vacina pentavalente que está em falta nos postos de saúde na região do Sapopemba, Vila Ema e Santa Clara, regiões da zona leste. Já fui a três postos e todos dão a mesma resposta”, relatou no Twitter uma moradora de São Paulo, Kaaw Cyrino Batista.

Na região metropolitana do Rio de Janeiro, alguns postos estão há mais de um mês sem o imunizante. Procurada, a Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ) informou que aguarda a nova remessa.

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Segundo a médica Isabella Ballalai, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), a pentavalente protege contra doenças que estão controladas no país, mas o desabastecimento preocupa porque reduz a cobertura vacinal. “É importante dizer que a vacina não está faltando em todos os postos ainda. Então vale buscar em lugares diferentes. E a minoria da população que tem condições de adquiri-la na rede privada não deve ficar esperando”, avalia.

Ela lembra que os bebês precisam ser levados ao posto de saúde mesmo com o desabastecimento da pentavalente. “O calendário de vacinação prevê outras injeções que são aplicadas no mesmo dia da pentavalente. Não podemos deixar outras coberturas caírem por falta de uma vacina”, diz.

Este conteúdo foi publicado originalmente pela Agência Brasil.

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