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Radar da saúde: um olhar urgente para o bem-estar indígena

Tragédia humanitária dos ianomâmis escancara situação crítica vivida por essas populações no país. Acompanhe os destaques do radar de VEJA SAÚDE

Por Diogo Sponchiato
Atualizado em 16 mar 2023, 12h40 - Publicado em 16 mar 2023, 12h39
ilustração da cruz médica sobre um cocar
Desnutrição, malária e falta de assistência médica assombram povos indígenas. (Ilustração: Raphaela Siqueira/SAÚDE é Vital)
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As cenas de crianças e idosos em pele e osso na Terra Indígena Yanomami, no Norte do país, chocaram o planeta, expondo a necessidade de proteger e assistir esses cidadãos brasileiros.

O episódio recente tem relação estreita com a exploração da região pelo garimpo ilegal e a ausência de fiscalização e resguardo pelas forças do Estado, o que tornou os ianomâmis reféns de desnutrição, intoxicação por mercúrio (usado pelos garimpeiros) e complicações causadas por malária e outras moléstias infecciosas.

Infelizmente, a legião de males a que essa e outras etnias estão expostas não se encerra aí.

Estudos indicam que elas estão mais vulneráveis a dores crônicas e doenças provocadas pela ingestão de alimentos industrializados calóricos e pobres em nutrientes, por exemplo.

Há muito trabalho pela frente, ainda mais se considerarmos que a verba prevista para a assistência à saúde dessas pessoas atualmente é a menor desde 2014.

+ LEIA TAMBÉM: Livro investiga as origens da pandemia de Covid-19

ilustração do virus hiv
(Ilustração: Raphaela Siqueira/SAÚDE é Vital)
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Passado: 40 anos da identificação do HIV como causa da aids

Em 1983, cientistas do Instituto Pasteur capitaneados por Luc Montagnier descobriram o vírus da imunodeficiência humana e estabeleceram sua conexão com a síndrome que matava um número crescente de pessoas. Outros pesquisadores chegaram à mesma conclusão de forma independente pouco tempo depois, mas o crédito e o Nobel ficaram com os franceses.

ilustração do dispositivo entre órgãos
(Ilustração: Raphaela Siqueira/SAÚDE é Vital)

Futuro: robô-cobra entra no corpo para ajudar em cirurgias

Inspirado no formato e na flexibilidade das serpentes, um dispositivo médico criado pela Universidade de Nottingham, na Inglaterra, consegue penetrar e vasculhar, com sua câmera, cantos difíceis de acessar dentro do organismo. A expectativa é que a invenção possa melhorar a precisão de cirurgias daqui a dez anos.

ilustração do mapa de são paulo com um escorpião
(Ilustração: Raphaela Siqueira/SAÚDE é Vital)
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Um lugar: São Paulo vê alta em envenenamentos por escorpião

Os casos quintuplicaram entre 2008 e 2018, com maior concentração no oeste e no norte do estado, segundo análise recente da USP. Temperaturas mais elevadas e devastação da vegetação natural estariam entre os fatores por trás do crescimento. No Brasil, só em 2021 foram notificados 159 mil ataques por escorpião. Eles exigem atendimento imediato para evitar danos críticos.

ilustração de homem com sabão na região genital
(Ilustração: Raphaela Siqueira/SAÚDE é Vital)

Um dado: 1 933 casos de câncer de pênis e 459 amputações do órgão

Os números, contabilizados até novembro de 2022 pelo Ministério da Saúde, dão uma ideia do impacto dessa doença mutilante, que afeta sobretudo a Região Nordeste e está associada à falta de higiene do pênis. Por essa razão, a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) estreia campanha para conscientizar os homens e mitigar a incidência e as consequências do tumor.

retrato do químico tim james
(Ilustração: Raphaela Siqueira/SAÚDE é Vital)
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Uma frase: Tim James

“A roupa que você está vestindo, o ar que está respirando, a página para a qual está olhando neste momento são todos substâncias químicas. Se você não quer substâncias químicas na sua comida, receio que seja tarde demais. Os alimentos são substâncias químicas (…) Portanto, se você ouvir alguém dizendo que desconfia de substâncias químicas, sinta-se livre para tranquilizá–lo. Ele é uma substância química. A química não é um assunto abstrato que acontece em laboratórios lúgubres: ela está acontecendo em toda parte à nossa volta e em toda parte dentro de nós.”

Tim James, professor de química britânico, no livro Elementar (Zahar)

Elementar - Como a tabela periódica pode explicar (quase) tudo

capa livro

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