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Quando você realmente deve levar uma criança ao pronto-socorro

Um costume de muitos pais, ir a centros de emergência pode piorar o quadro da criança. Veja quando febre, diarreia e afins exigem uma visita ao hospital

Por Nicola Ferreira (Agência Einstein)
15 jan 2020, 12h15
como baixar febre de bebe
Os sintomas de um resfriado nem sempre exigem uma ida ao hospital.  (Foto: Science Photo Library/Getty Images)
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Febre, tosse, diarreia, náuseas, machucados… Problemas comuns em crianças acabam virando justificativas para que a família corra para o pronto-socorro mais próximo. Contudo, muitas vezes a ida ao ambulatório é desnecessária e expõe o pequeno e seus acompanhantes a doenças potencialmente mais graves por estarem em um ambiente propício à infecção por micro-organismos.

Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), 75% das visitas a prontos-socorros não precisariam ocorrer. A Agência Einstein entrevistou médicos para saber, afinal, quando você deve levar uma criança ao hospital.

Mas, antes disso, é importante compreender o motivo pelo qual os pais levam tanto seus filhos a esses centros de emergência. E são basicamente três:

  1. A sensação de uma solução rápida, com direito a exames feitos na hora
  2. O fato de o pronto-socorro ficar aberto 24 horas por dia
  3. A “praticidade” de não precisar marcar uma consulta

A recomendação da SBP é para que os familiares sempre entrem em contato com o pediatra antes de tomar qualquer atitude. “Os novos meios de comunicação, como o WhatsApp, ajudam”, afirma o pediatra Tadeu Fernandes, presidente do Departamento Científico de Pediatria Ambulatorial da SBP.

O profissional que acompanha a criança a conhece muito melhor. Por isso, é mais capacitado a encontrar o tratamento ideal para um quadro qualquer. “E o médico do pronto-socorro precisa dar uma solução imediata”, completa o neonatologista Arno Warth, do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo.

Problemas de levar a criança ao hospital sem necessidade

Um dos mais graves é o risco de infecção, que aumenta drasticamente nesses ambientes, onde naturalmente há um acúmulo de vírus e bactérias. Até o acompanhante às vezes pega uma doença.

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Traumas emocionais também podem ser gerados diante dessa situação. “A criança é submetida a um ambiente de alto estresse”, afirma Warth. Essa experiência não raro é o estopim para o medo de hospitais e de médicos.

Mas, então, quando levar a criança ao hospital?

Febre: caso não baixe em 72 horas – ou se a temperatura até cair, porém criança continuar apática – é hora de levá-la ao pronto-socorro.

Em geral, a febre é tratável em casa com um antitérmico, que demora até 50 minutos para agir. Mas não custa consultar seu pediatra.

Diarreia: a maior preocupação é quando a criança fica desidratada. Caso isso ocorra, é necessário ir ao serviço de emergência.

Os sintomas mais tradicionais da desidratação são lábios e língua seca, diminuição e escurecimento da urina e olhos fundos. Observe também se o problema não vem acompanhado de vômitos. Isso sinaliza que a criança está rejeitando líquidos, outro fator de risco para a desidratação.

Problemas na respiração: nesses casos, é importante verificar se o pequeno fica ofegante ou parece “cansado” com tarefas triviais, como se tivesse feito alguma atividade física. A fadiga excessiva levanta a suspeita para doenças respiratórias e infecções mais sérias, que justificam uma passada no hospital.

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Alergia: o surgimento de manchas e coceira pede uma consulta com o pediatra ou o dermatologista. Mas a ida a um pronto-socorro só é necessária se houver dificuldade para respirar.

Chiado e tosse rouca são alguns dos sintomas que precisam ser observados e, se constantes, devem ser examinados por especialistas. Atente-se a inchaços na garganta e nos lábios, que são um sintoma precoce de choque anafilático – nessas situações, é recomendado ir imediatamente ao hospital.

Cortes e quedas: depende muito da extensão da lesão e da quantidade de sangue perdido. É importante ficar de olho se, após um tombo, a criança manifestar sonolência, vômitos, dor de cabeça, abatimento ou qualquer anormalidade. Se esses sinais derem as caras, vá ao centro de emergência.

Intoxicação: sempre vá diretamente ao hospital. Não induza vômitos e tente pegar o rótulo do produto para fornecer ao médico detalhes que poderão ajudar no tratamento.

Este conteúdo é da Agência Einstein.

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