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Pesquisa retrata impactos socioemocionais em cuidadores

O amparo aos mais velhos pela família está assegurado no Estatuto do Idoso, mas esse trabalho invisível pode deixar marcas em quem cuida

Por Ingrid Luisa
Atualizado em 6 out 2023, 18h07 - Publicado em 6 out 2023, 18h00
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  • A gente nasce dependente e morre dependente, não há como fugir disso. Mas o trabalho de cuidar dos idosos, que muitas vezes recai sobre uma filha ou sobrinha que não é remunerada para essa finalidade, pode pesar física e mentalmente.

    É o que documenta um estudo recém-publicado pelo Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap), em parceria com a associação Itaú Viver Mais.

    O trabalho concluiu que a falta de valorização, o não acolhimento dos problemas pelo resto da família e a frustração de ter planos anteriores deixados de lado prejudicam o estado emocional dos cuidadores.

    “A sociedade está envelhecendo e há poucas políticas públicas voltadas à assistência ao idoso na rotina, de modo que essa função fica a cargo da família”, elucida Priscila Vieira, coordenadora do estudo.

    “Constatamos que esse trabalho informal restringe a vida e faz mal à saúde mental das cuidadoras entrevistadas”, relata a pesquisadora do Cebrap.

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    +Leia Também: 33 milhões de idosos no Brasil: como promover cuidado na terceira idade?

    Os desafios de cuidar

    Análise elenca o que mais angustia as cuidadoras

    Luto antecipado
    É fruto da necessidade de lidar o tempo todo com a doença ou a fragilidade do familiar.

    Estresse
    A alta e constante demanda por apoio, a despeito da carga ou do horário, causa esgotamento.

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    Restrição de liberdade
    As mulheres se queixam de se sentirem presas na condição de únicas responsáveis pelo idoso que recebe os cuidados.

    Isolamento social
    As poucas oportunidades de se socializar e se divertir geram sensação de tristeza e solidão.

    +Leia Também: Reajustes abusivos em convênios prejudicam idosos

    Especialização em cuidado?

    Higiene, alimentação, administração de remédios e até questões burocráticas entram na rotina das cuidadoras, mas, segundo o estudo, grande parte delas não tem formação ou verba suficiente para dar conta disso tudo.

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    A alternativa buscada por muitas são vídeos, textos e grupos de apoio que, de maneira gratuita, compartilham orientações a respeito.

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