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Oxiúrus: entenda a oxiurose, que causa coceira anal durante a noite

Um das verminoses mais comuns, esse incômodo afeta mais as crianças e seus cuidadores

Por Sílvia Lisboa
30 Maio 2024, 15h41
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Quando a oxiurose ocorre em bebês, pode ser possível verificar a presença do parasita nas fraldas (Freepik/Freepik)
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As infecções por vermes, as famosas verminoses, muitas vezes passam despercebidas. O próprio sistema de defesa se encarrega de combater os parasitas antes que eles causem uma encrenca maior. Mas os oxiúrus, causadores da oxiurose, também conhecida como oxiuríase, costumam causar uma coceira anal intensa nas crianças.

E esse incômodo guarda uma particularidade: só se manifesta à noite. É nesse turno do dia que as fêmeas do verme se dirigem até o ânus para pôr seus ovos, deixando crianças e pais em claro. Os oxiúrus são fáceis de ser identificados nas fezes: são pequenos filetes brancos, como se fossem pontinhos.

Nos bebês que usam fralda, os pais podem fazer essa observação. Nos maiores, geralmente a evacuação vem acompanhada de dor ou desconforto. A maioria dos casos de oxiúrus ocorre em crianças e nos seus cuidadores.

+Leia também: Exame de fezes: quando fazer e quais os tipos

Principais sintomas da oxiurose

Além da coceira noturna e do desconforto ao defecar, os oxiúrus costumam gerar também:

  • Presença de sangue no papel higiênico
  • Descamação e vermelhidão no ânus
  • Coceira durante ou após o início do uso de antibióticos
  • Coceira que surge ou piora após a depilação da região perianal
  • Coceira após relação sexual anal desprotegida

Quais são as vias de transmissão da oxiurose

Um estudo de 2021, publicado na Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, apontou uma alta prevalência das parasitoses intestinais, seja por protozoários ou helmintos (caso do oxiúrus), no Brasil.

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Em média, as chances de um indivíduo mais suscetível adquirir a infecção é de 46%. O índice varia por região, sendo maior nas regiões Norte (58%) e Sul (51%) e pouco menores no Nordeste (50%), Centro-Oeste (41%) e Sudeste (37%).

A contaminação ocorre por meio da alimentação, da água ou do contato com roupas e objetos contaminados. As larvas eclodem no intestino delgado, depois migram para o intestino grosso, onde crescem e se acasalam.

Após os ovos se desenvolverem, o verme fêmea, já adulto, se move para o reto e sai para colocar ovos, depositados em uma substância pegajosa e gelatinosa, ao redor do ânus.

É dessa região que os ovos passam da região perianal para as roupas íntimas, de cama, tapetes, brinquedos, assentos de privadas, abrindo a chance de infectar um novo hospedeiro. Os óvulos podem sobreviver nestes objetos por três semanas à temperatura ambiente.

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Muitas crianças infectadas colocam a mão na boca e podem induzir uma reinfestação. Em adultos, a infecção também pode ocorrer por contato anal-oral entre adultos.

+ Leia tambémDe hemorroida a fissura: quando o problema é mais embaixo

Tratamento para oxiurose

Para eliminar os vermes, são indicados medicamentos antiantiparasitários, como mebendazol, albendazol ou pamoato de pirantel administrado em uma dose única, que deve ser repetida duas semanas depois.

Em geral, o tratamento deve ser seguido não apenas pelo infectado, mas também por seus cuidadores. Pomadas tópicas podem reduzir a coceira na região.

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É necessário também eliminar os ovos do oxiúrus que pode ter ficado espalhado no ambiente. Recomenda-se trocar a roupa de cama, toalhas e roupas íntimas, como calcinhas e pijamas, para reduzir as chances de iniciar um novo ciclo da oxiurose. A limpeza do vaso sanitário também é indicada.

Fique atento caso a coceira tenha gerado ferimentos ou prurido perianal porque pode ocorrer uma infecção bacteriana secundária de pele do trato genital feminino humano, causando vaginite.

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