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O que é e o que causa a retração de gengiva?

Muitas pessoas nem percebem, mas pode surgir um desnível entre a gengiva e os dentes. E, sim, isso representa um problema que requer o olhar do dentista

Por Ingrid Luisa
Atualizado em 2 jan 2023, 13h09 - Publicado em 2 jan 2023, 13h08
tratamento da retração gengival
Estima-se que metade dos cidadãos mundo afora entre 18 e 65 anos de idade tenha pelo menos um dente acometido pela retração gengival. (ilustrações: Rodrigo Damati @rabisco_estudio/SAÚDE é Vital)
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As origens

Na retração, o tecido gengival encolhe e o dente fica mais exposto. Confira os principais fatores por trás disso:

Trauma mecânico
É decorrente de uma escovação inadequada, de forma incorreta ou com muita força, e de hábitos ruins como morder objetos canetas ou outros objetos duros.

Lesão
Nem sempre a gengiva se recupera totalmente de cortes ou pancadas, e assim ela acaba ficando mais curta, retraída.

Inflamação
A genética e a má higiene bucal favorecem a periodontite, que agride a gengiva e também leva à retração do tecido.

Ortodontia
Ter os dentes fora do lugar e não corrigi-los, ou usar aparelhos que provocam movimentação errada ou atrito na gengiva, eleva o risco.

Genética
Se existe histórico do problema na família, fique alerta. Algumas pessoas têm gengivas frágeis naturalmente.

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Bruxismo
Não é comum, mas em alguns casos o ranger dos dentes pode causar um trauma na região com o tempo, e isso provoca a retração do tecido gengival.

+ Leia também: O bruxismo está à solta

Os sintomas

sintomas retração gengival
Clique aqui para ampliar e aproximar (ilustrações: Rodrigo Damati @rabisco_estudio/SAÚDE é Vital)

Exposição
É a manifestação clássica da retração: a gengiva diminui e se vê um alongamento do dente. Muita gente só percebe quando sente uma espécie de degrau entre a coroa dental e a gengiva.

Má estética
Mudanças das margens gengivais deixam os dentes aparentemente desalinhados e expostos. Isso pode ser discreto no início da retração, mas tende a piorar se não for devidamente tratado.

Sensibilidade
Em pacientes jovens, esse é um dos primeiros sintomas a ser notado. A exposição da raiz do dente, junto a um possível acúmulo de placa bacteriana no local, costumam provocar hipersensibilidade para frio e calor e até dor ao escovar o dente.

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Amolecimento
Quando a base do dente já está muito descoberta, há prejuízos à sua sustentação, e junto a perda de gengiva também pode haver perda de osso, ocasionando o amolecimento. É grave, e a pessoa pode literalmente ficar sem o dente.

+ Leia também: Sorrisos realinhados – a nova geração de aparelhos para os dentes

Os tratamentos

Há como recuperar a saúde da gengiva e a beleza do sorriso:

tratamentos retração gengival
Clique aqui para ampliar e aproximar! (ilustrações: Rodrigo Damati @rabisco_estudio/SAÚDE é Vital)

1) Consulta ao dentista
Identificar a causa da retração é o primeiro passo. Para isso, um cirurgião-dentista conversa com o paciente e entende seus hábitos bucais, além de examinar com detalhes dentes e gengiva.

2) Tratando a causa:

– Escovação correta
Lesões de até 1 milímetro podem ser resolvidas com melhora da higiene bucal, adequação da escovação e do tipo de escova (prefira sempre as macias) e uso de fio dental. Solução simples para casos simples, fazendo a gengiva parar de retrair.

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– Aparelho dental
Quando o problema é o mau posicionamento dos dentes, colocar aparelho é o caminho inicial. Mas, se o dispositivo inadequado é a causa da retração, é preciso trocar o aparelho e tratar a gengiva.

– Placa para bruxismo
Placas de acrílico são uma boa opção para conter o ranger de dentes do bruxismo, mas é importante que um profissional avalie se não há piora na gengiva.

+ Leia também: Gengivite e periodontite: um bate-boca dentro do corpo

3) Tratando a consequência:

– Restauração com resina
O recobrimento da região afetada com resinas que imitam o tecido gengival é uma opção de tratamento para casos leves, com retração de até 1 milímetro. Ele pode melhorar a estética e a sensibilidade dental, mas precisa ser muito bem-feito, sem deixar frestas que dificultem a higienização. Alguns dentistas são contra o método por não resolver o problema em si — só maquiá-lo.

– Cirurgia sem enxerto
Em casos simples, o enxerto de tecido não é necessário. Se a gengiva estiver saudável, o dentista pode modificar a anatomia dos tecidos adjacentes à retração para recobrir a área que está comprometida. Em alguns casos, usa-se biomaterial para terminar a correção se for necessário.

– Enxerto de gengiva
É a cirurgia mais comum para casos graves, com mais de 2 milímetros de retração. O grau de complexidade depende do nível de perda do tecido de sustentação, mas geralmente enxerta-se material do céu da boca para recobrir o dente. Geralmente o pós-operatório é tranquilo.

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É importante destacar que uma mesma pessoa pode ter diversos níveis de retração em diferentes dentes. A conduta de tratamento, assim, varia, podendo haver uma associação de procedimentos. Não existe receita de bolo: o dentista precisa avaliar cada dente caso a caso.

E quando a gengiva cresce?

É a chamada hiperplasia gengival. O aumento de volume desse tecido pode dar as caras como efeito colateral de medicamentos (como anticonvulsivantes), alterações hormonais ou mesmo gravidez. Um processo inflamatório na gengiva também tende a causar inchaço em alguns pontos, resultando em hiperplasia.

 

Fontes: João Cesar Neto, periodontista e professor da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo; Fernanda da Silva Prado, dentista especialista em periodontia e implantodontia do Centro Odontológico Yappy.

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