Ao sair do útero, o bebê chega a um mundo totalmente novo — e assustador. Para completar, ele ainda passa por várias intervenções na maternidade.
“Até os anos 1970, imaginava-se que o recém-nascido não sentia dor”, conta a psicóloga Maria de Fátima Junqueira-Marinho, pesquisadora do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz).
+ Leia também: Como deveriam ser as primeiras horas do recém-nascido
Mas, hoje, sabe-se que tais intervenções são potencialmente desconfortáveis. Com base nesse conhecimento, Maria de Fátima e a pediatra Pércide Verônica da Silva Cunha reuniram, em um e-book, o que há de mais atual na ciência sobre o tema — do grau de dor ligado a cada procedimento às melhores táticas para atenuá-los.
“É importante que o material chegue à beira do leito”, diz. Os familiares também podem se inteirar para, assim, cobrar esses cuidados.
A escala de dor
+ Leia também: Estudo revela motivos da dor neuropática e favorece a busca por tratamento
Medidas pelo conforto
A escolha depende da idade do bebê e do tipo de intervenção necessária no hospital
Amamentação
Beneficia os pequenos durante punções, injeções e aplicação de vacinas.
Contato pele a pele
É indicado diante de procedimentos que causam dor de leve a moderada.
Contenção facilitada
O bebê é envolvido com as mãos ou um tecido. O ideal é associar a técnica a outros métodos.
Sucção não nutritiva
Aqui, coloca-se um dedo enluvado na boca do neném — ou sua própria mãozinha.
Soluções adocicadas
Sacarose e glicose podem reduzir o choro e a dor diante de punções e injeções.