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Estudo mostra benefícios da equoterapia para idosos

Pesquisa brasileira constata efeitos positivos na mobilidade, no equilíbrio postural e até na mastigação

Por Diogo Sponchiato
26 set 2021, 12h21
terapia com cavalos
Experimento no interior de São Paulo indica ganhos na capacidade funcional de idosos que fizeram sessões de equoterapia. (Foto: Spiritartist/Getty Images)
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Reunir uma dentista, cavalos e um grupo de pessoas acima de 60 anos parece não fazer tanto sentido num primeiro momento. Mas tudo fica mais claro e interessante quando se conhece o estudo feito por Ednéia de Mello, doutoranda em odontologia na Universidade de São Paulo, em Ribeirão Preto, junto à Associação de Equoterapia Vassoural (AEV).

Dezesseis voluntários de até 79 anos foram convidados a realizar sessões sobre o cavalo — sempre com instrutores ao lado — duas vezes por semana durante três meses. A ideia era avaliar o impacto da equoterapia na capacidade funcional e no sistema estomatognático.

“Esse sistema desempenha funções como mastigação, sucção, deglutição fonoarticulação e respiração, e seu desequilíbrio pode envolver outras cadeias musculares, afetando até a postura”, explica Ednéia.

Pois a terapia e os exercícios orientados melhoraram não só parâmetros como força de mordida (que se perde com o envelhecimento) mas também a mobilidade, o condicionamento e a força em braços e pernas.

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Amigo do homem

A fisioterapeuta Elaine Leite, vice-presidente da AEV e coautora do estudo, conta que a marcha do cavalo lembra muito a dos humanos, o que contribui para o desenvolvimento muscular, a coordenação, a concentração…

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“A equoterapia foge do ambiente entre quatro paredes de clínicas e consultórios. É realizada ao ar livre e, além de trabalhar o físico e o emocional, proporciona independência e responsabilidade”, resume.

O corpo sente

Equoterapia traz ganhos físicos e emocionais:

+ Saúde bucal e facial: o trabalho de Ednéia, Elaine e equipe notou melhoras nas estruturas por trás da mastigação, articulação da fala etc.

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+ Postura: o sistema que engloba boca e mandíbula está conectado a outros músculos que atuam no equilíbrio postural.

+ Mobilidade: testes demonstraram repercussões em agilidade, força muscular e condicionamento físico dos praticantes.

+ Bem-estar mental: Elaine relata que a atividade produz relaxamento e mexe com circuitos nervosos e hormonais ligados ao estresse.

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