O estado mental afeta bastante a forma como nos alimentamos — e essa relação, tantas vezes conflituosa, começa a ser construída ainda na infância. É o que documenta um estudo britânico recém-publicado que analisou um grupo de crianças de 4 a 5 anos.
Ele constatou que, quando entediadas, elas costumavam comer mais alimentos ricos em gordura e açúcar. “É como se precisassem de uma recompensa pela falta de interação”, interpreta a gastroenterologista pediátrica Elza Daniel de Mello, da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).
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Segundo o trabalho, os pequenos enfadados chegaram a consumir até 79% mais calorias que aqueles bem-dispostos. Culpa da fome emocional, desencadeada pelos sentimentos, e que pode ser influenciada pelo comportamento dentro de casa.
“Filhos de pessoas com esses hábitos tendem a reproduzi-los”, ressalta Elza. Um desafio, portanto, a ser encarado em família.