Não é de hoje que profissionais e responsáveis observam que brincar é fundamental para o bem-estar, o aprendizado e o amadurecimento social na infância.
Pois um experimento da Universidade de Cardiff, no Reino Unido, apoiado pela fabricante Mattel, aponta que a interação com bonecas traz até vantagens adicionais: as crianças passam a falar mais sobre o que sentem e conseguem se colocar melhor no lugar do outro.
“Brincar de boneca é brincar de se relacionar, pois as crianças falam das necessidades que as bonecas têm, projetando naquilo situações que estão vivendo”, afirma a psicóloga Blenda de Oliveira, de São Paulo.
“Isso enriquece o repertório de representações internas. E assim as crianças se abrem mais para novas possibilidades”, conclui a terapeuta.
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Também é coisa de menino
Segundo Blenda, que é doutora em psicologia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), não existe esse negócio de brincadeira de menina ou de menino.
Os garotos também aprendem e podem se divertir ao interagir com bonecas e bichos de pelúcia, e, do outro lado, garotas também têm a ganhar brincando com carrinhos.
“Isso não influencia em nada sobre quem a criança vai ser, apenas traz mais experiências para elas. Não se deve perpetuar esses estereótipos de gênero”, defende a psicóloga.