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Bagaço da cana-de-açúcar é utilizado contra herbicida em pesquisa

Pesquisadores brasileiros criaram um método para remover resíduos de glifosato, um popular agrotóxico, da água contaminada

Por Lucas Rocha
8 jun 2024, 06h00
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Pesquisadores criaram método para remover resíduos de glifosato de água contaminada (Ilustração: Editoria de Arte/Veja Saúde)
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Cientistas criaram um método para remover resíduos de glifosato, um popular agrotóxico, da água contaminada. Para tanto, os pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp) utilizaram como matéria-prima o bagaço da cana-de-açúcar.

O processo começa com a tritura do insumo e posterior isolamento da celulose, que passa por processos químicos até que se obtenha um material com cargas opostas às presentes na estrutura molecular do glifosato, o que permite que haja a união do contaminante nas fibras modificadas

“Dessa forma, ao remover o material da água, o glifosato também será removido. Esse processo, como descrito no artigo, pode ser evidenciado conforme há variação no pH da solução”, detalha a física Maria Guimarães Leal, que assina a invenção.

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Na prática, a retirada do herbicida é possível por filtração, decantação ou centrifugação.

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De acordo com a pesquisadora, a estratégia da economia circular é importante justamente por transformar o resíduo de um processo, como recurso para a realização de outro.

“Neste caso, o bagaço da cana de açúcar, resíduo da indústria sucroalcooleira, é utilizado como base para a fabricação do material que possui capacidade de remoção do herbicida glifosato de meio aquoso”, afirma.

+ Leia também: A relação entre os alimentos orgânicos e o meio ambiente

O material à base de celulose também é aplicado, por outros membros do grupo de pesquisa, na remoção de outros contaminantes presentes na água, como corantes provenientes da indústria, outros pesticidas, fármacos e metais pesados.

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“Alguns desses resultados já foram publicados e outros apresentados em eventos. Ainda é necessária muita pesquisa antes de ser aplicado ao nível comercial, mas sem dúvidas há um caminho”, pontua Maria.

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