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Sextou com a doutora

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De médica para paciente (e vice-versa). Neste espaço, a mastologista e cirurgiã oncológica Fabiana Makdissi, uma das maiores autoridades em câncer de mama no país, compartilha seus conhecimentos, vivências e reflexões sobre a saúde da mulher.
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Exercício é remédio: veja 4 problemas de saúde tratados por ele

A ciência está sempre inovando, mas a prática física sempre foi e continua sendo uma forte aliada para a saúde física e mental

Por Fabiana Makdissi
23 ago 2024, 12h56
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A atividade física, quando bem prescrita, ajuda a combater diferentes problemas sérios (Foto: Tomás Arthuzzi/Veja Saúde)
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Dando continuidade ao tema que começamos a discutir no último texto da coluna, acho importante ressaltar hoje algumas informações sobre os exercícios físicos que são muito conhecidas entre os médicos, mas será que são também entre vocês?

Então vamos para mais um “sextou com a doutora”?  Desta vez, vou explicar por que a gente diz tanto que o exercício faz bem à saúde.

Existem muitos hábitos e alimentos, que, ao longo dos anos, entraram e saíram das listas das práticas boas ou questionáveis para a manutenção da saúde, mas a importância dos exercícios físicos nunca foi dúvida.

A cada novidade, uma orientação médica pode ser modificada, mas uma caminhada, por exemplo, é unanimidade, e a cada ano novas evidências comprovam diversos benefícios.

Por isso, resolvi falar sobre 4 situações em que a atividade física atua de maneira semelhante a um remédio. Vamos?

Manutenção do peso corporal

Quando falamos sobre o equilíbrio alimentar, não estamos nos referindo somente a qualidade, mas o que se faz para gastar aquelas calorias. A soma é simples: em quem come muito e gasta pouco sobra energia, levando ao aumento de peso.

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Come pouco e gasta muito: o organismo retira de onde está acumulado para usar e gerar energia. Sim, eu sei que era mais fácil controlar o peso na infância ou adolescência, costumávamos ter mais tempo para brincadeiras e atividades.

No entanto, quando adultos, trabalhamos por horas sentados e isso dificulta que a conta feche no negativo. Para mulheres, após a menopausa, as coisas ficam ainda mais difíceis, visto que, após esse período, o gasto energético reduz ainda mais.

Em suma, movimentar o corpo ajuda a queimar calorias.

Mortalidade cardiovascular

Pode soar exagero, porém as doenças cardiovasculares são o maior causador de mortalidade entre mulheres e homens – maior que câncer. Muitas mulheres sentem medo de receber um diagnóstico de câncer de mama, mas poucas sabem que a doença cardiovascular compromete mais a vida do que o tumor mamário.

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+ Leia também: O que as mulheres podem fazer para preservar o coração?

Quando fazemos exercícios, reduzimos os níveis de pressão arterial, controlamos melhor a gordura no sangue, trabalhamos o músculo do coração e melhoramos a nossa circulação para todo o corpo.

Sabia que infarto em mulheres é mais mortal que infarto em homens? Se não sabia, está aí um excelente motivo para que você se exercite.

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Aumenta longevidade e autonomia

E reduz risco de doenças osteomusculares. Somos seres articulados e cheios de músculos e quando não os usamos da forma adequada, ou quando não os mantemos ativo, problemas acontecem.

Dores articulares, nas costas, redução da força, nossos músculos naturalmente vão perdendo sua força. E aqui entra a minha maior preocupação, principalmente com as mulheres ao entrar na menopausa. Pois elas perdem ainda mais a sua qualidade óssea e composição muscular.

Isso acontece também em mulheres em tratamento de câncer, e inclusive a a perda muscular está associada a maior mortalidade. Os exercícios de fortalecimento ajudam a manter a massa magra e a evitar a sarcopenia. E é isso que dará a possibilidade de viver mais tempo e saudável.

Eu quero viver muitos anos, mas com qualidade e autonomia. E você?

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Previne (e ajuda a tratar) a osteoporose

Os termos osteopenia e osteoporose são bem conhecidos por nós mulheres, pois o nosso maior desafio ao entrar em menopausa é manter nossos ossos fortes.

O exercício é fundamental para prevenir e mesmo para tratar a osteoporose, doença que eleva o risco de fraturas que comprometem a qualidade de vida.

Lembro de um professor, que durante a faculdade, sempre dizia: se todos nós soubéssemos o quanto na nossa velhice a força muscular é reduzida, trabalharíamos o nosso corpo desde cedo. Por isso, na minha casa, esses mandamentos são feitos junto aos meus filhos. O exercício que você faz ou não faz tem impacto na sua família também, afinal somos exemplos.

Conversas sobre exercícios físicos podem melhorar a sua rotina e a de quem convive com você. Isso ajuda a salvar vidas. Até a próxima!

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