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O Futuro do Diabetes

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Carlos Eduardo Barra Couri é endocrinologista, pesquisador da USP de Ribeirão Preto e criador do Endodebate e do Diacordis. Aqui ele mapeia os cuidados e os avanços para o controle do diabetes
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Na Covid-19, os níveis de glicose importam mesmo se não há diabetes

Nosso colunista explica o que as taxas de açúcar no sangue teriam a ver com complicações do coronavírus e de outras doenças

Por Dr. Carlos Eduardo Barra Couri
29 jun 2020, 10h08
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  • Já está cada vez mais claro que pessoas com diabetes têm maior risco de encarar formas graves de Covid-19. Mas isso não é nem de longe uma sentença de complicação e morte. Sabemos que indivíduos com diabetes bem controlado têm um risco mais baixo de adquirir quadros severos da infecção pelo coronavírus quando comparados àqueles descontrolados.

    Mas se engana quem pensa que o valor da glicose no sangue importa só para quem convive com o diabetes. A glicose elevada é um sinal de fumaça, que pode indicar a presença de fogo. Digo isso porque qualquer doença aguda como infarto do coração, derrame cerebral ou apendicite tende a ter um desfecho pior quando o paciente dá entrada no hospital com níveis altos de glicose. Isso mesmo que ele não tenha diagnóstico prévio de diabetes.

    E por que isso ocorre? A glicose elevada é um sinal de que o organismo passa por um grande estresse. Ela é uma espécie de dedo-duro de que o corpo está sofrendo. Nosso organismo disponibiliza mais glicose para a corrente sanguínea para que ela seja utilizada por órgãos e tecidos em apuros. É um mecanismo de sobrevivência.

    Em algumas pessoas, esse aumento da glicose é apenas transitório e, uma vez resolvido o problema, o valor retorna ao normal. Em outras, a glicose permanece elevada mesmo após a alta hospitalar e o paciente acaba desenvolvendo diabetes pra valer.

    Durante a pandemia do novo coronavírus, pesquisadores chineses avaliaram a evolução clínica de 605 pacientes sem diabetes que foram internados por Covid-19. Os estudiosos compararam o que aconteceu com aqueles que entraram no hospital com glicose abaixo de 110 mg/dl com aqueles com glicose acima de 126 mg/dl.

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    E o que aconteceu? Num seguimento de apenas 28 dias, notaram que o risco de morte foi duas vezes maior naqueles com maior valor de glicose. E o risco de complicações hospitalares foi quatro vezes maior.

    Por isso, onde há fumaça, há fogo! Se a glicose está elevada na admissão do hospital, mesmo que o paciente não tenha diabetes, há um sinal de alarme para a equipe de saúde redobrar a atenção e os cuidados a fim de evitar complicações.

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