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Entenda de uma vez por todas como é feito o tratamento de canal

Cárie profunda e fratura no dente são as principais razões para se submeter a esse procedimento bastante popular

Por Dr. Miguel Simão Haddad Filho, cirurgião-dentista*
2 Maio 2018, 18h29
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  • No Brasil, milhares de pessoas ainda chegam à velhice sem os dentes. O motivo? Má higiene bucal, falta de uso da escova, da pasta com flúor e do fio dental. Outra razão, apontada pela última pesquisa do IBGE, é a carência do acompanhamento com o dentista. No consultório, é possível não só prevenir mas também reverter problemas sérios nos dentes. É o que fazemos com o tratamento de canal, geralmente empregado em casos de fratura dentária ou cárie profunda. Bastante popular, ele consiste na remoção da polpa inflamada do dente e na desinfecção do local.

    A polpa é um tecido mole onde estão os nervos e os vasos sanguíneos. Fica no interior do dente e se estende da coroa até a ponta da raiz inserida na inervação da mandíbula e da maxila. Por estar localizada em uma parte mais profunda do dente, qualquer lesão na polpa causa extremo desconforto. Os sintomas mais comuns de que há algo errado ali são dores, que podem até irradiar para a face, inchaço e sensação de latejamento.

    Ao sentir qualquer um desses incômodos, o melhor a fazer é procurar um dentista. Se for preciso fazer o tratamento de canal, quem vai cuidar da situação de preferência será o especialista no assunto, o endodontista. Vale ressaltar que, quanto mais rápido o indivíduo procurar o profissional, melhor — o tempo pode ser um inimigo no tratamento.

    Uma vez no consultório, o dentista vai conversar com o paciente para entender as causas da dor ou do inchaço. Na sequência, realizará exames físicos, testes de sensibilidade da polpa do dente e exames complementares como raio-X para identificar se há lesão e qual o tamanho dela. Somente depois desses procedimentos é que poderá indicar ou não o tratamento de canal.

    Será que dói?

    Em geral, o tratamento não costuma causar mais desconforto do que uma restauração. Mas cada caso tem suas especificidades… então não é possível afirmar que o procedimento será totalmente indolor. Nos estágios mais avançados, quando a polpa está bem comprometida, o incômodo tende a ser maior porque medicamentos e anestesia não costumam ser eficazes.

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    Para a remoção da polpa danificada, o paciente é submetido à anestesia local. Depois, o profissional retira todo o conteúdo do interior do dente, limpa a região afetada e, em seu lugar, a preenche com material apropriado, restaurando e reconstruindo o dente com retentores e coroas, dependendo da área destruída.

    O preenchimento consiste na aplicação de um material em formato de cone em cada canal. Em alguns casos, para dar maior resistência, utilizamos um pino de metal ou fibra — mas isso acontece principalmente quando o dente se encontra muito danificado.

    Já acabou?!

    Quem foi submetido ao tratamento de canal terá o dente saudável para a vida toda se continuar visitando o dentista com regularidade e realizar a higienização correta da boca. É importante frisar isso porque nada impede que uma cárie volte a aparecer no dente tratado. E, caso ela se instale ali, o paciente não vai perceber um sinal de alerta, pois, como já foi extraída a inervação da polpa (o que dá a sensibilidade ao dente), a cárie terá condições de avançar e levar à perda total do dente. Só com a avaliação periódica do dentista dá para flagrar qualquer problema e impedir complicações.

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    Na maior parte das vezes, o tratamento de canal tem ótimos índices de sucesso. Se realizado com indicação adequada e de forma correta, o êxito chega a quase 95%. Alguns fatores influenciam essa taxa de eficácia: a vitalidade do dente, a extensão da lesão, a presença de bactérias na região…

    Para ter certeza do sucesso do procedimento, o cirurgião-dentista realizará novas radiografias do dente, comparando-as com as anteriores. Por meio desse exame ele identificará se o local está, de fato, se regenerando.

    O perigo de não tratar

    Quando o indivíduo não procura ajuda profissional, o problema, que já é sério, pode ficar ainda pior. Sem o tratamento de canal, a necrose da polpa do dente pode se estender, gerando lesões no osso e a formação de cistos. Os dentes adjacentes também podem ser afetados.

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    No pior dos cenários, a situação se transforma em uma bacteremia, quando as bactérias instaladas na região se proliferam e conseguem acessar à corrente sanguínea. Daí o perigo ameaça o corpo todo. Em geral, quando diagnosticada a doença irreversível da polpa ou da área no entorno, não há alternativas para o tratamento de canal.

    A odontologia tem se desenvolvido e os tratamentos, mais certeiros, causam cada vez menos desconfortos. Com isso vem aumentando o índice de resultados positivos. Hoje o tratamento de canal ainda é a melhor solução para restaurar um dente com a polpa danificada. Ainda assim, o melhor remédio continua sendo a prevenção.

    Manter a higiene em dia, programar visitas regulares ao dentista e procurar o profissional diante de qualquer sinal de incômodo configuram a melhor maneira de conservar a saúde dos dentes e da boca.

    * Dr. Miguel Simão Haddad Filho é cirurgião-dentista e presidente da Câmara Técnica de Endodontia do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (Crosp)

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