O uso do WhatsApp para fins profissionais transformou significativamente o mercado de trabalho, pois a comunicação se tornou mais eficiente e rápida – ela ocorre praticamente em tempo real.
Se por um lado essa revolução tem contribuído cada vez mais em termos de produtividade, por outro deve inspirar cuidados extras quando se trata de sobrecarga e saúde mental.
Por ser uma ferramenta de mensagens instantâneas e uso universal, ela pode causar uma sensação de imediatismo, urgência e disponibilidade de tempo integral.
Como consequência, há aumento expressivo de estresse entre os profissionais – tanto de gestores e colaboradores como de prestadores de serviços.
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Por isso, separei algumas dicas para gerenciar o autocuidado e colaborar com colegas de trabalho:
- Defina horários estratégicos para responder mensagens – evite fazer isso na hora das refeições
- Silencie/arquive janelas de conversas de trabalho (principalmente de grupos) aos finais de semana, feriados e férias
- Ao iniciar conversas, envie mensagens com começo, meio e fim, evitando distrações, como interrupções de outros aplicativos
- Marque “mensagem não lida” ou etiquetas (disponível no WhatsApp Business) para não esquecer as pendências que precisa resolver
- Limite os horários de uso para garantir a qualidade do descanso e sono
- Seja direto nas mensagens e evite áudios longos
- Evite mensagens fora do horário comercial com a justificativa “se eu não enviar agora, depois eu esqueço”. Se precisar enviar somente no dia seguinte, faça um lembrete
- Não tenha pressa para receber respostas, pois todo mundo tem outros afazeres importantes no “universo offline”
- Evite postergar aquela mensagem importante para segunda-feira. Se todos tiverem a mesma ideia, uma única pessoa já inicia a semana com grandes picos de estresse e ansiedade
Em resumo, mesmo com os desafios que aparecem no cotidiano profissional, é de extrema importância um olhar mais cauteloso para uma rotina mais equilibrada.
Desse modo, utilize a tecnologia como uma ferramenta mais favorável e menos nociva para a saúde.
*Lara Ribeiro é psicóloga clínica e analista do comportamento