Clique e Assine VEJA SAÚDE por R$ 9,90/mês

Com a Palavra

Por Blog Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Neste espaço exclusivo, especialistas, professores e ativistas dão sua visão sobre questões cruciais no universo da saúde
Continua após publicidade

Sinais de AVC são negligenciados na pandemia do coronavírus

Vivemos um cenário preocupante. O atraso no atendimento ao acidente vascular cerebral aumenta o risco de morte e sequelas. Precisamos agir já

Por Dra. Sheila Martins, neurologista*
8 jun 2020, 09h48
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Apesar de ser a segunda maior causa de morte no mundo, o acidente vascular cerebral (AVC) não tem recebido o merecido cuidado e atenção em tempos de pandemia. Levantamento recente da World Stroke Organization (WSO) aponta queda global de mais de 60% nos atendimentos do problema após o início do isolamento social.

    Como vivemos num país continental, por aqui essa redução ficou entre 40 e 50%, dependendo do estado avaliado. Um cenário, de qualquer forma, bem preocupante.

    Embora seja compreensível que as pessoas evitem procurar os hospitais por receio de se contaminar com o coronavírus, esse tipo de comportamento é inaceitável em relação a uma condição tão grave como o AVC. Para ter ideia, durante um evento desse tipo, cerca de 1,9 milhões de neurônios morrem por minuto. Daí a importância de procurar diagnóstico e tratamento o mais rápido possível.

    Além das mortes causadas pelo AVC, ao redor de 50% dos sobreviventes passam a ter sequelas que levam à dependência parcial ou total de outras pessoas. Até 30% das vítimas desenvolvem algum tipo de demência nos meses seguintes. O atendimento médico precoce é crucial para que essas estatísticas não continuem tão drásticas.

    Se o medo tem levado à negligência em relação aos sintomas da doença, fazendo com que as pessoas morram em suas próprias casas, há outro ponto de atenção a ser considerado. É bem possível que esses pacientes também não estejam cuidando da alimentação, que deve ser equilibrada, ou mesmo tenham abandonado a prática regular de atividade física — dois hábitos fundamentais na prevenção do AVC.

    Continua após a publicidade

    Pesquisas também apontam aumento do estresse e do consumo de álcool em razão da pandemia, outros fatores relacionados à condição.

    É por tudo isso que criamos e divulgamos o movimento internacional #avcnãofiqueemcasa. O respeito ao isolamento social é fundamental para controlarmos o avanço da Covid-19, mas é preciso ficar atento aos sintomas do AVC e procurar ajuda médica nesse contexto.

    Novos protocolos de manejo da doença já estão em prática nos hospitais privados e da rede pública do Brasil. Tais normas priorizam a segurança do paciente e da equipe médica no ambiente hospitalar para reduzir o risco de contágio pelo coronavírus.

    Continua após a publicidade

    De todos os acidentes vasculares cerebrais que ocorrem no mundo, 90% estão ligados aos seguintes fatores de risco: hipertensão, colesterol alto, diabetes, arritmias cardíacas, sedentarismo, obesidade, alimentação não saudável, álcool e drogas, tabagismo e depressão ou ansiedade.

    Neste momento desafiador, é preciso redobrar a atenção aos sintomas do AVC, como:

    Continua após a publicidade

    Diante dessas circunstâncias, é necessário agir urgentemente, ligando para o SAMU (192) ou buscando o hospital de referência mais próximo.

    Somente com a conscientização de que o AVC tem cura poderemos poupar vidas e todo o sofrimento relacionado às sequelas permanentes da doença. E isso segue valendo durante e após a pandemia.

    * Dra. Sheila Martins é neurologista, vice-presidente da World Stroke Organization e fundadora da Rede Brasil AVC

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 9,90/mês*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja Saúde impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 14,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.