Clique e Assine VEJA SAÚDE por R$ 9,90/mês

Com a Palavra

Por Blog Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Neste espaço exclusivo, especialistas, professores e ativistas dão sua visão sobre questões cruciais no universo da saúde
Continua após publicidade

Sabia que é possível transplantar dentes?

Esse tratamento é complexo, tem indicações específicas – e o dente transplantado é da própria pessoa. Mas ele pode ser uma opção

Por Claudia Pires Miguel, cirurgiã-dentista*
29 abr 2024, 15h35
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Um dos primeiros relatos de transplante dentário, tecnicamente chamado de transferência de órgão dental em um mesmo indivíduo, ocorreu em 1956. Apesar de antigo, o procedimento ainda é pouco conhecido.

    O autotransplante, ou transplante dental autógeno, é uma opção para substituir um dente ausente, perdido por algum motivo, por um dente “doador” disponível e que tem condições de ser reaproveitado após o procedimento técnico.

    O processo consiste, conceitualmente, na transferência de um dente chamado de germe dentário. Ele é a estrutura que possibilita a formação dos dentes e é extraído e transferido para outro alvéolo natural – ou um espaço criado cirurgicamente. 

    Geralmente, os transplantes autógenos utilizam os dentes não erupcionados – que não costumam sair da gengiva – como terceiros molares, pré-molares e caninos inclusos.

    Continua após a publicidade

    +Leia também: Joias dentais estragam os dentes? Quais cuidados devem ser observados

    Trata-se de uma técnica biologicamente compatível, quando comparada a outras técnicas de reabilitação oral. E, em alguns casos, é uma opção mais acessível financeiramente. 

    Contudo, as indicações de transplante dental autógeno são limitadas em função da complexidade e presença de muitas variáveis, entre as quais: 

    Continua após a publicidade

    A primeira e mais favorável indicação está em dentes com rizogênese (processo de formação da raiz dentária dos dentes permanentes) como doadores e alvéolos dentários sadios e compatíveis.

    Até por isso, a melhor indicação seria entre os 16 e os 21 anos. Nessa faixa etária, o paciente reúne características que elevam a taxa de sucesso.

    O cirurgião-dentista ainda precisa avaliar, com auxílio de raio X ou tomografia odontológica, a formação da raiz do dente. Esse planejamento, assim como a correta seleção dos casos, a habilidade do cirurgião-dentista e os cuidados pós-operatórios, aumentam as chances de sucesso.

    Continua após a publicidade

    Transplante de dente de um indivíduo para outro não é indicado

    Não se indica usualmente o transplante dentário homógeno: de um indivíduo vivo ou morto para outro. E muito menos entre espécies diferentes, o que é chamado de transplante heterógeno

    Isso implica condições complexas de aceitação do dente transplantado, que se comporta como um tecido estranho geneticamente e pode despertar reações de imunogenicidade, que resultam na expulsão ou destruição do transplante. Isso sem falar nos riscos de infecções cruzadas e de doenças adquiridas do doador.

    Os profissionais que realizam transplantes dentários, geralmente, são especialistas em cirurgia oral e maxilofacial, pois possuem o conhecimento e a habilidade necessários para realizar procedimentos cirúrgicos avançados na região da boca e da face.

    Continua após a publicidade

    BUSCA DE MEDICAMENTOS Informações Legais

    DISTRIBUÍDO POR

    Consulte remédios com os melhores preços

    Favor usar palavras com mais de dois caracteres
    DISTRIBUÍDO POR

    É importante ressaltar que o transplante dentário é delicado e requer uma avaliação cuidadosa por parte do cirurgião-dentista para determinar a viabilidade e a adequação do procedimento para cada caso. 

    E, para as situações nas quais os pacientes não são candidatos adequados ao transplante dentário, há outras opções, como próteses dentárias e implantes convencionais ou osseointegráveis. Muitas vezes, elas são mais adequadas por se tratarem de técnicas mais simples, seguras e com menor morbidade.

    Continua após a publicidade

    *Claudia Pires Miguel é cirurgiã-dentista, especialista em Implantodontia e membro da Câmara Técnica de Implantodontia do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP). 

    Compartilhe essa matéria via:
    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 9,90/mês*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja Saúde impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 14,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.