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Relacionamento abusivo: como identificar e superar?

Terapeuta esclarece os principais sinais de um relacionamento abusivo e os caminhos para vencer o problema

Por Vanessa Gebrim, psicóloga*
Atualizado em 18 fev 2021, 16h32 - Publicado em 18 fev 2021, 09h53
ilustração de mulher triste em fundo preto e coração em destaque em vermelho
Relacionamento abusivo pode resultar em violência física ou psicológica (Ilustração: Nik Neves/SAÚDE é Vital)
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Nos últimos tempos, as pessoas foram bombardeadas com notícias nos principais veículos de comunicação sobre relacionamentos abusivos. Com as redes sociais, onde os indivíduos passaram a ter mais voz para denunciar e buscar apoio, casos de violência contra a mulher e relacionamentos abusivos se tornaram cada vez mais protagonistas.

Para se ter ideia, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), uma em cada três mulheres no mundo já sofreu violência física ou sexual. Esse levantamento também revela que mulheres vítimas de violência pelo parceiro encaram um risco maior de ter depressão ou desenvolver alcoolismo.

Mas quais são os principais sinais que denunciam um relacionamento abusivo? Existem pistas bem claras, com destaque para: ciúme exagerado, possessividade, necessidade de controle, comportamento agressivo, invasão de privacidade, chantagem, manipulação, controle financeiro, ameaças e violência sexual, verbal, emocional e física.

No começo do relacionamento abusivo, a vítima padece de um estresse muito grande, sofrendo de ansiedade e de um sentimento de culpa em relação ao agressor. Mas, com o passar do tempo, pode se sentir ansiosa em outros contextos, se retrair socialmente, ter baixa autoestima e enfrentar a depressão. Em alguns casos, a busca pelo alívio resulta em transtornos alimentares ou dependência química.

Muitos acreditam que os abusadores têm perfis psicopatas ou narcisistas. É verdade que alguns transtornos podem potencializar esse tipo de comportamento, mas é importante ressaltar que, muito além desses perfis, algumas questões sociais contribuem para a situação, como o machismo e o racismo, que fazem alguém se sentir superior ao outro.

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Dentre todos os tipos de abuso, o psicológico é considerado o mais difícil de ser identificado, porque acontece de forma muito sutil. Tantas vezes, ocorre uma humilhação camuflada, que deixa a própria vítima confusa. Ela acredita não estar fazendo o suficiente pelo relacionamento, sentindo-se muito culpada pelas manipulações do agressor e acreditando que ele faz isso por amor… Na verdade, porém, está em curso um processo destrutivo.

Nem sempre a vítima consegue enxergar esses sinais, e aí ela se sente presa e abalada pelo parceiro. A terapia de casal é uma ótima estratégia de identificar casos assim. No decorrer dos atendimentos, o psicólogo consegue perceber indícios de abuso e traçar caminhos para erradicar o problema.

Compartilho, a seguir, três orientações importantes para flagrar e superar relacionamentos abusivos:

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Busque o autoconhecimento: dessa forma, você entende suas qualidades, capacidades e pontos a melhorar e tem uma visão mais clara sobre os relacionamentos que quer ter. Também vai sentir que ficará mais fácil lidar com as emoções positivas e negativas e enxergar o que é tóxico na relação com o outro.

Ouça a opinião de amigos e familiares: é comum abusadores pedirem para a mulher se afastar da família ou de colegas, ainda que de forma indireta. Mas é fundamental se manter próximo dos entes queridos, que podem inclusive ajudar a identificar e superar um relacionamento ruim.

Procure ajuda psicológica: muitas vezes, o relacionamento já vem com um padrão estabelecido e o casal não tem consciência dos limites que foram ultrapassados. É papel do psicólogo mostrar ao casal a existência desse tipo de relacionamento e ajudar a desconstruí-lo ao longo da psicoterapia.

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O apoio profissional ajuda tanto na superação do trauma como no restabelecimento da autoestima. Por isso, se você suspeita de um relacionamento abusivo, contar com a ajuda de um especialista pode fazer a diferença para vencer essa situação que interfere tão negativamente no bem-estar.

* Vanessa Gebrim é psicóloga, terapeuta de casais e especialista e pós-graduada pela PUC-SP 

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