Usar protetor solar é o primeiro passo para quem busca uma pele bonita e, principalmente, saudável. É fato que, ao longo do tempo, o sol pode causar manchas, queimaduras, envelhecimento precoce e até câncer de pele. Para utilizar o produto corretamente, precisamos ter em mente três questões: que tipo de filtro solar iremos escolher; qual a quantidade adequada para passar; e como complementar a proteção com outros elementos.
O tipo de filtro escolhido afeta diretamente a satisfação ao usar o produto. Então, o primeiro passo é conhecer as características da sua pele. Seu rosto tende à oleosidade? Tem a pele mista, com brilho e oleosidade apenas na zona T (aquela entre a testa e o nariz)? Nesses casos, convém investir em um protetor solar cujo rótulo estampe classificações como “sérum”, “gel creme”, “gel”, “oil free”, “oil control” ou “anti-oleosidade”. Assim a pele não ficará tão melecada com o uso.
Em casos de pele seca ou sensível, cabe privilegiar produtos com rótulos que especifiquem “creme” , “gel creme”, “loção” ou “hidratante”. Eles funcionam melhor nessas circunstâncias e não geram efeitos indesejados.
A escolha do filtro também deve levar em conta a proteção almejada. Usar produtos com FPS 30 já é bem-vindo, embora hoje a tendência seja procurar proteção mais alta, em torno de 50, para garantir uma pele mais resguardada. Acredita-se que o FPS mais alto possa garantir um tempo de proteção maior.
Em relação à quantidade do produto, devemos nos basear nas recomendações da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), que indica o seguinte para cada parte do corpo:
● uma colher de chá de protetor solar no rosto, no pescoço e na cabeça
● uma colher de chá para a frente do tronco e outra para a parte de trás
● uma colher de chá para cada braço
● uma colher de chá para a parte da frente de cada perna e outra para a parte de trás de cada perna
Além do filtro solar
Dá para complementar a proteção oferecida pelo filtro. Isso pode ser feito com bonés, chapéus e roupas, e também com base, maquiagem ou mesmo filtros solares com cor. O pigmento contido nessas bases e filtros com cor é particularmente interessante na proteção extra de pessoas que lutam contra manchas, sardinhas e melasma no rosto. Isso porque se comporta como uma barreira física contra a luz visível presente na radiação solar, nas lâmpadas e nas telas do computador e do celular.
Atenção: existem filtros sem cor que oferecem essa proteção, porém, na maioria das vezes, eles não trazem essa informação no rótulo. Então, na dúvida, peça ajuda ao seu dermatologista para escolher a opção ideal.
Vale ressaltar que não é só o filtro solar que nos ajuda a alcançar uma pele mais bonita e saudável. O uso de cápsulas com vitaminas e outras substâncias com efeito antioxidante também pode complementar o serviço, desde que seja feito sob orientação médica.
Lembre-se de, ao passar o filtro, dar atenção a regiões como pescoço, orelhas, colo e tudo que a roupa não cobre. Se você é daqueles que têm pavor da sensação de algo pegajoso na pele, pode apostar em filtros com fórmula “gel creme”.
E não podemos esquecer das crianças: depois dos 6 anos, elas podem usar o protetor de adulto. Mas, antes disso, priorize os filtros infantis, com fórmulas menos alergênicas — existem produtos para crianças a partir dos 3 meses de idade.
O filtro solar deve ser um hábito agradável em nossa vida. Existem muitas possibilidades e opções no mercado, e encontrar aquela que se encaixa no seu estilo de pele e de vida vai tornar esse hábito um exercício diário de cuidado e carinho com você.
* Cintia Cunha é dermatologista, especialista em saúde estética, speaker da Galderma e atua em Uberlândia (MG)