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Os progressos no tratamento do câncer infantojuvenil

Especialistas explicam como a medicina de precisão vem aperfeiçoando o tratamento de crianças e adolescentes com câncer

Por Antonio Sergio Petrilli, oncologista pediátrico, e Silvia Toledo, geneticista*
9 dez 2020, 10h05
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  • É sempre oportuno conscientizar a população sobre a importância do diagnóstico precoce do câncer, inclusive o infantojuvenil. Isso é fundamental para aumentar as chances de cura da doença, algo que estamos conseguindo cada vez mais nas últimas décadas.

    O câncer, problema de alta complexidade e rápida evolução, já é a primeira causa de morte na população infantojuvenil. Mas, à medida que a ciência avança no combate aos mais variados tipos de tumor com o desenvolvimento de medicamentos e as tecnologias evoluem com novos equipamentos de radioterapia, ressonância magnética de corpo inteiro, entre outros recursos, conseguimos imprimir uma nova perspectiva na vida de crianças e adolescentes com câncer.

    Nesse cenário desafiador, a oncologia pediátrica evoluiu substancialmente nas últimas décadas. Tomemos como exemplo os índices de 40% de cura registrados na cidade de São Paulo nos anos 1990 para os atuais 70% alcançados pelo Hospital do GRAACC, desde que a doença seja detectada em estágio inicial.

    Não faltam exemplos para ilustrar os principais avanços no combate ao câncer infantojuvenil. Em leucemia, câncer de maior incidência entre crianças e adolescentes, já temos protocolos de tratamento definidos para a maioria dos casos. Para identificar e tratar a doença, existem investigações laboratoriais que ajudam a determinar qual o diagnóstico e qual o prognóstico, baseados em marcadores que caracterizam as leucemias. Em algumas circunstâncias, eles auxiliam inclusive na escolha dos medicamentos.

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    Mesmo naqueles casos em que essas investigações, consideradas padrão-ouro para diagnóstico e tratamento, não são suficientes, contamos com inovações tecnológicas bem-vindas. O sequenciamento genético de nova geração permite que sejam feitam pesquisas complementares, o que tem ampliado nosso horizonte não só trazendo novos conhecimentos acerca das doenças, mas também possibilitado escolhas para um tratamento mais preciso.

    Uma perspectiva bastante positiva para o futuro da oncologia pediátrica, e que é baseada nesses conhecimentos do sequenciamento, é o que chamamos de medicina de precisão. É a busca avançada da ciência por soluções personalizadas para cada perfil de tumor e paciente.

    Começamos a viver uma era em que o conhecimento pode permitir um tratamento mais específico, utilizando medicamentos que têm como alvo as alterações genéticas presentes no câncer, bem como conhecer o genoma do paciente irá permitir adequar as drogas e suas doses. Essas descobertas representam um enorme avanço no campo da pesquisa translacional, fomentando testes e a introdução de novos fármacos com respostas personalizadas para superar as resistências observadas nos protocolos terapêuticos tradicionais.

    No GRAACC, criamos também um banco de tumores em que coletamos há 20 anos amostras da doença e do sangue de pacientes, e hoje nos possibilita fazer estudos de sequenciamento capazes de contribuir para uma medicina mais precisa e desfechos clínicos melhores. É como se cada tumor tivesse a sua própria “impressão digital” catalogada em um banco de dados global, com protocolos para o enfrentamento de vários tipos de câncer.

    Ainda temos muito o que avançar no combate ao câncer infantojuvenil no país, mas o GRAACC mantém seu olhar no futuro, na vanguarda da oncologia pediátrica com pesquisas robustas pautadas pela medicina de precisão e constante inovação tecnológica. Queremos proporcionar a nossas crianças e adolescentes novas perspectivas de tratamento, mais chances de cura e, acima de tudo, mais qualidade de vida nessa jornada.

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    * Antonio Sergio Petrilli é oncologista pediátrico e superintendente médico do Hospital do GRAACC. Silvia Toledo é geneticista e coordenadora do Laboratório de Genética do Hospital do GRAACC

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