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O que a evolução de healthtechs brasileiras impacta na sua vida

Startups nas mais diversas áreas da saúde vêm se multiplicando, inclusive no Brasil. E isso pode mexer com o cenário do setor

Por Cadu Lopes, CEO da Doctoralia Brasil, Chile e Peru*
Atualizado em 27 jul 2022, 11h35 - Publicado em 26 jul 2022, 17h57
healthtech
Startups de saúde se expandem após pandemia de Covid-19.  (Ilustração: Venimo/Getty Images)
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Com a chegada da pandemia, os dois últimos anos destacaram o quanto as pessoas devem cuidar de sua saúde física e mental. Nesse âmbito, vimos também crescer o número de iniciativas e inovações aplicadas a esse segmento. 

As chamadas healthtechs, startups que oferecem soluções para a área de saúde, tiveram um boom entre 2019 e 2022. Segundo levantamento desenvolvido pela Liga Ventures em parceria com a PwC Brasil, o número de healthtechs no país aumentou 16,11% nesse período. 

É interessante observarmos a movimentação atual do setor justamente para conseguirmos vislumbrar quais são os gargalos e as melhorias que devemos desenvolver. Hoje existem soluções e tecnologias tanto para a classe de profissionais de saúde, hospitais e clínicas, quanto para o paciente.

A pesquisa da Liga Ventures indica que as 596 startups mapeadas fazem parte de 35 categorias – entre elas, oncologia, nutrição, planos e financiamento, autismo, bem-estar físico e mental, inteligência de dados, sênior techs e saúde no trabalho. Dentre essas, as mais ativas são planos e financiamento (8,31%), seguidas por gestão de processos (7,81%) e exames e diagnósticos (6,80%).

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Quando ampliamos o olhar e pesquisamos a localização das principais iniciativas, vemos São Paulo na liderança, com 50,13% das startups de saúde, seguida por Rio Grande do Sul (8,06%) e Rio de Janeiro (7,81%). 

Atuando há alguns anos no setor com a premissa de melhorar a experiência em saúde e ter o paciente no centro do cuidado, eu também consigo notar que algumas tecnologias têm sido melhor aplicadas. A inteligência artificial, a análise preditiva e as plataformas são as que mais encontramos no Brasil. 

Porém, justamente pelo advento da pandemia que vivemos, a telemedicina tem ganhado grande destaque e deve, ao longo dos próximos anos, protagonizar ainda o cuidado com a saúde.

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+Leia também: Como a tecnologia está mudando a forma de controlar doenças crônicas

Outro índice do bom caminho que as healthtechs devem trilhar é o dos investimentos. As startups mapeadas pelo estudo da Liga Venture movimentaram R$1,79 bilhão, distribuídos em 36 operações de fusões e aquisições. Acredito que com as tecnologias existentes, aplicações de pesquisas e oferta de novas plataformas, conseguiremos atrair ainda mais investidores, impactando positivamente toda a cadeia do setor de saúde no país.

Acredito que veremos uma maior expansão no mercado de healthtechs até o final de 2022, com soluções inovadoras sendo aplicadas principalmente nas áreas de saúde mental, desenvolvimento de vacinas novas e ações de prevenção de doenças. Vale ficar de olho nas novidades que devem chegar em nosso país. Pode ter certeza que focar na humanização da saúde e ampliar o acesso será positivo para todos os envolvidos.

*Cadu Lopes é CEO da Doctoralia Brasil, Chile e Peru. Parte do Grupo Docplanner, a Doctoralia é a maior plataforma de saúde do mundo e disponibiliza também o aplicativo móvel nas versões iOS e Android.

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