Clique e Assine VEJA SAÚDE por R$ 9,90/mês

Com a Palavra

Por Blog Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Neste espaço exclusivo, especialistas, professores e ativistas dão sua visão sobre questões cruciais no universo da saúde
Continua após publicidade

O papel essencial do médico de família e comunidade na promoção da vida

Esse profissional tem as mais diversas atribuições dentro do postinho, e sua atuação é determinante para garantir uma saúde mais digna à toda população

Por Mariana Fonseca, médica de família e comunidade*
5 dez 2022, 08h41
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Tratamento de doenças crônicas como pressão alta, diabetes ou asma? A gente faz. Pré-natal? Também. E depois que a criança nasce? Pode trazer que a gente acompanha. E quem não quer ter filhos agora? Vem que a gente conversa sobre contracepção, escolhe o método mais adequado e ainda bate um papo sobre rastreio de infecções sexualmente transmissíveis.

    Mas e se quiser colocar o DIU? A gente coloca. E outros procedimentos, como retirada de cisto sebáceo ou remoção de unha encravada? É com a gente mesmo. Mas e quem não consegue ir até o posto? Não tem problema, a gente visita em casa.

    Essas são apenas algumas das muitas atribuições do médico de família e comunidade (MFC).

    Trata-se do profissional responsável pelo atendimento médico na Atenção Primária à Saúde (APS). A APS é a porta de entrada dos usuários no SUS: é a Clínica da Família, a Unidade Básica de Saúde ou o postinho.

    Existem muitas complexidades na APS, como em outras áreas da saúde, e a faculdade não é suficiente para capacitar o profissional a atender estas demandas. Da mesma forma que um médico deve se especializar para fazer cirurgias ou trabalhar em uma UTI, também precisa adquirir habilidades específicas para atuar no postinho.

    Continua após a publicidade

    Compartilhe essa matéria via:

    Especificidades do dia a dia

    O profissional da Atenção Primária precisa ter não apenas conhecimentos biomédicos, mas também saber mapear o seu território de atuação para entender as demandas locais, usar técnicas de abordagem familiar, trabalhar em conjunto com outros profissionais da equipe (como enfermeiro, técnico e agentes comunitários de saúde), além de atuar em parceria com os Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF), os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e serviços da atenção secundária.

    A Medicina de Família e Comunidade é uma especialidade médica reconhecida oficialmente pela Associação Médica Brasileira. Os primeiros programas de residência começaram em 1976 em Porto Alegre, Recife e Rio de Janeiro.

    Continua após a publicidade

    Com a implementação da Estratégia de Saúde da Família no SUS desde 1994, a especialidade ganhou força e muitos outros programas foram criados.

    + Leia também: SUS: orgulho e desafio do Brasil

    Isso se intensificou ainda mais na última década, quando o governo federal tomou uma série de medidas para fortalecer a Atenção Primária à Saúde em todo o país, com o objetivo de diminuir desigualdades regionais e ampliar a cobertura da atenção básica.

    Garantir acesso a atendimento adequado em saúde não significa apenas abrir unidades e contratar médicos: é fundamental qualificar adequadamente os profissionais que vão atender à população.

    Continua após a publicidade

    Com capacitação de profissionais e infraestrutura apropriada, cerca de 90% das demandas podem ser resolvidas na Atenção Primária, sem necessidade de encaminhamento.

    A pandemia de Covid-19 mostrou claramente o papel fundamental do médico de família e comunidade e da Atenção Básica no SUS. Trabalhadores de UTI e enfermarias foram importantes, sem dúvida, mas a verdadeira “linha de frente” foi a equipe de saúde da família.

    A grande maioria das pessoas com sintomas de Covid-19 recebeu atendimento, teste e aconselhamento no seu postinho local. E quando finalmente chegaram as vacinas, foi lá também que essa população foi imunizada.

    Continua após a publicidade

    Que neste 5 de dezembro, Dia Nacional do Médico de Família e Comunidade, a gente possa reconhecer a potência da especialidade para combater as desigualdades no Brasil e viabilizar um SUS cada vez mais humano, democrático e eficiente.

    *Mariana Fonseca é médica de família e comunidade e guia da Equipe Halo, da ONU

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 9,90/mês*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja Saúde impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 14,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.