Clique e Assine VEJA SAÚDE por R$ 9,90/mês

Com a Palavra

Por Blog Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Neste espaço exclusivo, especialistas, professores e ativistas dão sua visão sobre questões cruciais no universo da saúde
Continua após publicidade

Metais pesados no cigarro e em alimentos prejudicariam estoque de óvulos

Estudo indica que mulheres com maior quantidade de metais pesados na urina apresentam menores níveis do hormônio que indica o estado da reserva ovariana

Por Rodrigo Rosa, especialista em reprodução humana*
2 abr 2024, 10h30
  • Seguir materia Seguindo materia
  • A reserva ovariana é um tema importante quando se trata de fertilidade feminina. Ela representa o estoque de óvulos da mulher, que diminui gradualmente ao longo dos anos até a menopausa. E uma série de fatores, tanto genéticos quanto ambientais, podem acelerar a depleção desse estoque.

    Um desses fatores, segundo estudo recente, é a exposição a metais pesados, como cádmio, arsênio, mercúrio e chumbo. Eles estão presentes, por exemplo, no cigarro e na poluição do ar, além de contaminarem a água e os alimentos, dependendo do local e do modo de cultivo.

    O estudo, publicado em janeiro na revista científica The Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism, incluiu dados de 549 mulheres de meia idade que estavam transicionando para a menopausa e apresentavam traços de metais pesados na urina.

    Os pesquisadores também analisaram amostras de sangue colhidas até dez anos antes do último período menstrual para verificar os níveis de hormônio anti-mülleriano (AMH), considerado o melhor marcador da reserva ovariana.

    +Leia também: Homem também sofre de infertilidade?

    Com base nisso, foi possível observar que mulheres com maior quantidade de metais pesados na urina eram mais propensas a apresentar menores níveis de AMH e, logo, um menor estoque de óvulos – isso em comparação com outras pessoas de sua idade.

    Continua após a publicidade

    Esses metais pesados são disruptores endrócrinos importantes – isto é, são substâncias que imitam, bloqueiam ou alteram os níveis normais dos hormônios do organismo, incluindo aqueles envolvidos na função reprodutiva.

    Os achados do estudo, além de ajudarem a compreender melhor algumas das causas por trás da diminuição precoce da reserva ovariana, servem para elaboração de estratégias para preservar a fertilidade nessas mulheres com maior exposição a metais.

    Vale ressaltar que é possível engravidar de maneira natural mesmo com baixa reserva ovariana, porém as chances são menores. Para não desperdiçar óvulos e aumentar as chances de gravidez, o ideal é buscar um especialista em reprodução humana, que poderá indicar procedimentos, como a fertilização in vitro.

    *Rodrigo Rosa é ginecologista obstetra e especialista em reprodução humana. É sócio-fundador e diretor clínico da clínica Mater Prime, em São Paulo, e do Mater Lab, laboratório de Reprodução Humana. Também é membro da Associação Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA) e da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana (SBRH).

    Continua após a publicidade

    Compartilhe essa matéria via:
    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 9,90/mês*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja Saúde impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 14,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.