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Inteligência artificial na saúde: o Brasil na rota das pesquisas

Ceará passa a sediar centro de estudos sobre a promissora tecnologia. Aplicações englobam melhora do diagnóstico e do acompanhamento de pacientes

Por Francisco Cavalcanti e Kenneth de Almeida, pesquisadores*
Atualizado em 19 abr 2023, 10h47 - Publicado em 19 abr 2023, 10h47

Nos últimos anos, o meio acadêmico, o setor produtivo e a sociedade como um todo têm assistido, muitas vezes apenas como consumidores, à introdução massiva e crescente de tecnologias de inteligência artificial (IA) no cotidiano. Há claras evidências de que atingimos um ponto sem retorno, dada a velocidade com que tais tecnologias têm sido apresentadas e incorporadas.

Embora não seja exagerado ou prematuro afirmar que a IA representa um avanço tecnológico com alto poder de transformação social e econômica, é preciso levar em consideração o tempo e as discussões nos fóruns necessários para que se estabeleçam parâmetros, limites e critérios para a utilização dela no dia a dia.

Enquanto isso, é natural que governos, universidades e empresas se unam para conduzir pesquisas que dirijam tal impacto no sentido do bem-estar da população. E a área da saúde é uma das que mais podem se beneficiar dessa vanguarda.

É nesse contexto que o Centro de Referência em Inteligência Artificial (CEREIA), instalado em Fortaleza, inicia suas atividades em março de 2023 com foco no estudo e na aplicação de IA em saúde. Fruto da parceria entre a Universidade Federal do Ceará (UFC), o Grupo Hapvida NotreDame Intermédica e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), o CEREIA segue em busca de soluções para problemas práticos e relevantes.

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Entre as linhas de pesquisa definidas, estão:

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Doenças Crônicas: como algoritmos podem ajudar a prever a ocorrência de doenças a partir do monitoramento da sequência de procedimentos médicos realizados por um paciente ao longo do tempo, por informações demográficas e condições pré-existentes;

Exames radiológicos: por meio de métodos baseados em inteligência artificial, o objetivo é apoiar o diagnóstico em exames como tomografias por meio da detecção de anormalidades;

Engajamento de pacientes: engloba o uso de Assistentes Virtuais Inteligentes como instrumento para auxiliar programas de prevenção e promoção à saúde, focando em técnicas que aumentem a adesão dos pacientes a tratamentos prolongados;

Monitoramento remoto: consiste no desenvolvimento de sistemas de monitoramento inteligente em hospitais a partir de parâmetros vitais, como frequência cardíaca, pressão arterial e intracraniana, saturação de oxigênio, entre outros. Em conjunto com técnicas de monitoramento remoto, tais dados poderão reconhecer padrões para identificar ocorrências de quedas, espasmos e convulsões;

Anamnese assistida: soluções baseadas em inteligência artificial para auxiliar o processo de avaliação médica focando em estruturar os dados, encontrar padrões e recomendar possíveis diagnósticos;

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Democratização da ciência de dados: tornar a ciência de dados em saúde mais amigável e acessível ao público leigo é a última e mais importante linha de pesquisa a ser realizada pelo CEREIA.

No centro, serão investigados temas como análise automatizada de imagens médicas, interfaces cérebro-máquina, detecção e classificação de patologias, análise de dados epidemiológicos, detecção e classificação de movimentos… Ao habilitar inovações com aplicabilidade prática, cada uma das linhas de pesquisa tem potencial para proporcionar uma melhor qualidade de vida para a população.

Por fim, vale ressaltar o impacto no mercado de trabalho. Ao capacitar profissionais na área da TI (tecnologia da informação) no Nordeste do país, a iniciativa tonifica a atividade econômica na região, criando oportunidades e estimulando o desenvolvimento da região.

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* Francisco Rodrigo Porto Cavalcanti é pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação da Universidade Federal do Ceará (UFC); Kenneth Nunes Tavares de Almeida é diretor-executivo de Pesquisa & Desenvolvimento e Educação do Grupo Hapvida NotreDame Intermédica

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