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Insônia em quadros de menopausa precoce pode ter influência genética

Com a menopausa, muitas mulheres passam a ter dificuldades para dormir. E parte da resposta para essa questão pode estar nos genes

Por Mariana Moyses Oliveira, geneticista, e Helena Hachul, ginecologista*
4 out 2023, 17h41
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Mulheres podem enfrentar dificuldades para dormir com a menopausa (Foto: GI/Getty Images)
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Com o fim do ciclo reprodutivo da mulher, vêm as ondas de calor, as oscilações de humor e a irritabilidade. Esses sintomas são causados pela queda do principal hormônio feminino, o estrogênio, que se dá pela falência dos ovários, ou insuficiência ovariana, um processo natural do envelhecimento.

Em geral, a menopausa ocorre entre os 45 e 50 anos, mas para 1% das mulheres esse fenômeno acontece antes dos 40 anos. É a chamada insuficiência ovariana prematura, ou menopausa precoce.

Além dos fogachos, outro problema que as mulheres enfrentam após a última menstruação é a insônia, que se caracteriza pela dificuldade para iniciar ou manter o sono por 3 vezes por semana durante 3 meses.

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Este distúrbio provoca irritabilidade, déficit de memória e atenção, fadiga, diminuição de imunidade, ganho de peso e alterações na pele. Na menopausa precoce, a situação é semelhante.

Estudos revelam que o sono ruim é uma queixa comum mesmo quando as mulheres recorrem a tratamentos hormonais.

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O que diz a ciência

No Brasil, há exatos 20 anos, pesquisadores do Instituto do Sono analisam como a menopausa interfere no sono feminino.

Com base nesta longa investigação, constatamos que a insônia em mulheres com insuficiência ovariana tem origens multifatoriais, e pode se manifestar em decorrência da interação entre questões ambientais e genéticas.

+ Leia também: Ganho de peso na menopausa: mito ou verdade?

A origem genética da insônia associada à menopausa precoce foi abordada em um estudo publicado recentemente na revista Climateric, órgão oficial da Sociedade Internacional de Menopausa, com sede no Reino Unido.

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Para realizar este trabalho científico, usamos ferramentas computacionais para investigar alterações nos genes.

A partir de uma lista de genes que envolvem a insônia e a insuficiência ovariana, observamos que os associados a essas comorbidades se sobrepõem mais do que o esperado ao acaso, confirmando uma justaposição do perfil genético desses dois problemas.

+ Leia também: Envelhecimento ovariano não precisa ser inimigo do bem-estar

Em seguida, identificamos os processos biológicos que estão associados a esses genes sobrepostos, e descobrimos que eles integram mecanismos fisiológicos já reconhecidos como relevantes para as duas condições. Ficou demonstrada, assim, a influência genética nesse cenário.

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Acreditamos que este estudo tem o potencial de levar à identificação de novas intervenções farmacológicas e terapêuticas para tratar ou aliviar os sintomas que as mulheres com menopausa precoce apresentam.

*Mariana Moyses de Oliveira é geneticista da Associação de Fundo de Incentivo à Pesquisa (AFIP) e Helena Hachul é médica ginecologista, pesquisadora do Instituto do Sono, professora livre docente e chefe do Setor Sono na Mulher do Departamento de Ginecologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

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